Nos últimos três anos do governo petista de Rodrigo Neves, as empresas de ônibus conseguiram aumentar a tarifa em 34,54 por cento, enquanto o IPCA acumulado no mesmo período foi de 24,89 por cento.
Por outro lado, a prefeitura gasta R$ 320 milhões fazendo a via expressa TransOceânica para a circulação de ônibus BHLS, mas as empresas estão adiando a compra de novos veículos com porta dos dois lados. Argumentam que houve queda no número de passageiros com a crise econômica, além de não estarem recebendo o pagamento do bilhete único devido pelo governo estadual. Alegam que não é hora de fazer investimento.
No Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella suspendeu o reajuste, que seria de 3,59 por cento, mantendo o valor da passagem em R$ 3,80. O vice-prefeito e secretário de Transportes, Fernando Mac Dowell, disse que não era justo o aumento enquanto as empresas de ônibus não climatizassem 100 por cento da frota. Questionou também as planilhas de custos apresentadas pelas transportadoras, por não condizerem com a realidade.
Ainda comparativamente com o Rio de Janeiro, Niterói tem a tarifa de ônibus mais cara do Brasil porque as linhas percorrem distâncias curtas, em média de três quilômetros, a maioria delas ligando o Centro a São Domingos, Gragoatá, Boa Viagem, Ingá, Ponta da Areia, Fonseca, Barreto e Icaraí. As mais distantes são as que ligam o Centro à Região Oceânica, percorrendo o máximo de 18 quilômetros até Itaipu.
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