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Verificação da qualidade da água da praia de Icaraí é no ‘olhômetro’

Escrito por Luiz Antonio Mello às 08:54 do dia 28 de novembro de 2020
Sobre: Inea sumiu
28nov

Sabe como é feita atualmente a verificação da qualidade da água da praia de Icaraí? No “olhômetro”. Banhistas veteranos vão até a beira d’água, olham, verificam se há manchas, línguas negras na areia, veem como estão as correntes e dizem se dá para mergulhar ou não. Isso porque o Inea (Instituto Estadual do Ambiente) sumiu e os cidadãos não sabem como está a qualidade da água e da areia das praias da cidade.

Mandei um e-mail para lá perguntando. Não tive resposta. Ano passado, o Ministério Público também quis saber como essa medição é feita (leia aqui: https://tinyurl.com/y3vfah84  )  e não sei se conseguiu saber. O que os cidadãos querem (e tem todo o direito) é saber se há riscos, germes, bactérias, parasitas no mar e na areia. Em qualquer lugar minimamente civilizado as autoridades fazem medições praticamente em tempo real e exibem os resultados em painéis eletrônicos muito simples. O nome disso é respeito pelo cidadão. Em Icaraí, havia uma tábua pregada num pedaço de pau com informações provavelmente defasadas.

Por via das dúvidas, o povo que não é bobo não mergulha no mar de Icaraí, nem de São Francisco, Flechas, Boa Viagem porque durante esta semana, por exemplo, a água do mar imunda, escura, turva, cheia de corpos estranhos, fedia. A areia também tem um odor esquisito que causa um certo nojo. Com as ondas, os colares de lixo ornamentavam a paisagem até a chegada do trator da prefeitura que faz a limpeza da areia a noite.

Desde sempre Niterói padece no quesito meio ambiente, basta ver as ocupações insanas das matas, morros, ao redor das agonizantes lagoas de Piratininga e Itaipu. Há grupos que tentam lutar contra a lambança, mas as autoridades se fazem de surdas ou tentam convencer que está tudo divino, maravilhoso.

Além da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, o governo do estado do Rio, com o nosso dinheiro, sustentava três “colmeias”: Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas) e IEF (Instituto Estadual de Florestas). A língua ferina e implacável do povo apelidou o trio de “colmeias” porque era onde “metade voava e a outra metade fazia cera”.

O então governador e hoje presidiário Sergio Cabral Filho decidiu, em 2008, fundir as três “colmeias” em um único órgão, batizado de Inea, Instituto Estadual do Ambiente, que absorveu os mil funcionários (!!!) da Feema/Serla/IEF e abriu um concurso para mais 214 técnicos.

Já se vão 18 anos e a cidade de Niterói continua largada na área ambiental. É inexplicável, inconcebível, inaceitável esse desprezo.

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Talento e alta tecnologia na saúde de Niterói

Estive com o conceituado e experiente fisioterapeuta Jorge Fernandes de Albuquerque, do Aqua Fisio Center, em Icaraí. Há um ano ele utiliza, com muito sucesso, um sofisticado equipamento chamado baropodômetro que através de sensores   de última geração escaneia os pés do paciente, faz um diagnóstico detalhado e o realinhamento do corpo através de um computador. Na sequência são produzidas palmilhas corretivas em 3D personalizadas. Muito eficaz contra dores articulares, alteração postural, esporão de calcâneo, neuromas, joanete, calosidades etc. Vale a pena conhecer.

 

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Luiz Antonio Mello
Jornalista, radialista e escritor, fundador da rádio Fluminense FM (A Maldita). Trabalhou na Rádio e no Jornal do Brasil, no Pasquim, Movimento, Estadão e O Fluminense, além das rádios Manchete e Band News. É consultor e produtor da Rádio Cult FM. Profissional eclético e autor de vários livros sobre a história do rádio e do rock and roll.
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