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Petrodólares jorram em Niterói, mas prefeitura deixa ruas cobertas de lama

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Com a prefeitura inundada por royalties do petróleo, as ruas de Niterói ficam alagadas e cobertas de lama sempre que chove forte. A sede da Secretaria de Fazenda, na Rua da Conceição, é um exemplo do que a burocracia produz de melhor. Dentro do prédio, onde o município contabiliza cerca de um terço de seu orçamento de R$ 3,6 bilhões formado por petrodólares (a segunda maior arrecadação do Estado com essa receita, a primeira é Maricá), funcionários graduados estacionam seus carros nos jardins internos, deixando do lado de fora das grades a lama para povo chafurdar-se nela.

Os Pilatos municipais lavam as mãos na água que transborda na cidade, usando a velha e surrada desculpa de que nesta segunda-feira (13/01) “choveu todo o volume previsto para o mês de janeiro inteiro”.

Quanto aos petrodólares, dizem que parte deles estão sendo empregados em obras de macrodrenagem na Região Oceânica. Mas assim como a Avenida Roberto Silveira, em Icaraí, vira um rio de descaso público toda vez que a tal “precipitação pluviométrica” é maior, na outra ponta de Niterói moradores do Engenho do Mato ficam ilhados em suas próprias casas.

Hoje, um caminhão da Clin atolou na lama. A Estrada São Sebastião (antiga Vai-e-vem) voltou a se transformar em uma hidrovia, enquanto a prefeitura gasta milhões numa eterna obra de construção de um parque rural, deixando as ruas sem calçamento ou drenagem.

Em muitas situações, como a do passeio no entorno do Palácio Arariboia que abriga a Secretaria Municipal de Fazenda, onde se produzem os carnês do IPTU mais caro do país, soluções simples poderiam devolver a qualidade de uma urbe endinheirada. Bastaria uma drenagem simples, feita por gravidade, e uma cobertura de pedriscos para dar uma aparência decente ao local.

Para isso, o foco da utilização do dinheiro público não deveria ser o de manter ativa uma máquina eleitoreira, que criou milhares de cargos comissionados e não se cansa de ampliar, cada vez mais, o número de repartições de papel para abrigar tantas sinecuras quanto o projeto de poder do prefeito Rodrigo Neves exigir.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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