Um homem de uns 70 anos, que tenta ganhar a vida transportando quentinhas de bicicleta, foi atendido por skatistas, semana passada. Ele pedalava pela calçada do túnel Raul Veiga, que liga Icaraí a São Francisco, mas ao passar pela buraqueira que simboliza o abandono da via perdeu o controle da bicicleta e caiu. Felizmente não caiu na pista de rolamento de veículos porque bateu no guarda corpo, mas machucou os joelhos e um cotovelo.
Circula pela cidade a informação de que a prefeitura abandonou o programa “Niterói de Bicicleta”, criado e comandado pelo secretário de planejamento Axel Grael. Por isso, a irreverência do niteroiense apelidou o programa de “ciclofarsa”.
A única ciclovia em construção, que deveria ter sido entregue em dezembro, é a que liga a avenida Roberto Silveira a Amaral Peixoto. A obra começou depois da trágica morte do ciclista Conrado Gomes, de 33 anos. Fora essa, nenhuma mais.
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Há tempos, o desleixo tem ocupado a imprensa e até o Reclame Aqui. Clique e leia:
Em matéria oficial no site da prefeitura, de 1 de junho de 2018 (leia aqui: https://bit.ly/32wdj1d ) Axel prometeu construir 100 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas na cidade, mas elas não passaram de 45 quilômetros.
Na época, ele disse que “esperamos que um número cada vez maior de pessoas use a bicicleta para se deslocar pelas ruas do município”, afirmou. O secretário chegou a ser visto pedalando, mas parece ter largado a sua “magrela” em casa porque pimenta no selim dos outros é refresco, diz a irreverência local.
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Além de parar de construir ciclofaixas e ciclovias, a prefeitura relaxa na manutenção. A buraqueira no túnel Raul Veiga, ameaça à vida de ciclistas, é quase superada por uma cena absurda. Na boca do túnel, saída de São Francisco, há um…poste de sinalização. À noite, com os faróis dos veículos no sentido contrário ofuscando os olhos dos ciclistas, o poste “some” e vira um risco de vida.
A ciclofaixa da avenida Roberto Silveira sempre apresenta bueiros de concreto, junto ao meio fio, sem tampa. Chamada de pinguela, a calçadinha estreita nos milionários túneis que ligam Charitas ao Cafubá exige malabarismos dos ciclistas que precisam desviar das pontas das pedras da parede da obra. Tanto que é impossível uma bicicleta ultrapassar a outra. A grande pergunta é por que não fizeram uma ciclovia decente na Transoceânica? Mais: a tinta de marcação da esquizofrênica ciclofaixa que, em zigue e zague, divide as calçadas com pedestres no Cafubá está gasta, quase invisível.
Incentivados pelo prefeito Rodrigo Neves e por seu secretário Axel Grael, que chegaram a posar para fotos pedalando, muitos niteroienses compraram bicicletas. Empresas abriram lojas, investiram, foram vendidas milhares de bicicletas gerando empregos na cidade.
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https://pedalsonoro.com.br/2019/10/31/contagens-2019/
Extraoficialmente a desculpa é que as ciclovias e ciclofaixas são muito caras. A da rua Timbiras, única em São Francisco, teria custado R$ 400 mil, 10% dos R$ 4 milhões que a prefeitura doou para três escolas de samba que desfilam no Rio.
Em entrevista a Rádio Pedal Sonoro, ano passado, o vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL) disse que a prefeitura parou de investir em bicicletas por pressão de empresas de ônibus que estavam perdendo passageiros.
Enfim, as informações são muitas, mas, arrogante, a prefeitura ignora as denúncias. A verdade cruz está aí para todo mundo ver: a prefeitura abandonou um programa que poderia ter posto a cidade em destaque no país
P.S. – Excelente o policiamento da PM no carnaval. Em toda a cidade. Presença ostensiva em todos os bairros.
P.S. 2 – Em tempos de dilúvios, trânsito parado, etc. melhor baixar no celular o aplicativo COR RIO. Informa tudo, em tempo real.
Pressinto problemas na ciclovia da Marquês do Paraná, depois de pronta a obra: no trecho bem em frente ao Ed. Príncipe de Gales, a calçada junto ao muro do prédio está muito estreita. Pedestres passando pelo local não terão opção senão cruzar a ciclovia, ou até mesmo caminhar sobre ela. A ciclovia neste trecho poderia ser pelo menos 80cm mais estreita, dando mais espaço para os pedestres. Se houver grande fluxo de pedestres e ciclistas, acidentes poderão acontecer.
E complementando a matéria do Ilustre jornalista, não podemos deixar cair no esquecimento o vídeo de campanha que Axel Grael fez dizendo que a ciclovia do túnel Charitas/Cafubá teria um painel de vidro com a devida exaustão, separando a ciclovia dos veículos que por ali trafegam, dando um maior conforto para os ciclistas que utilizam o referido túnel.
Agora pergunto:
Sr. Axel Grael este painel vai sair do papel ou servirá apenas para novo vídeo de campanha em 2020?
Para se fazer uma infraestrutura decente para bicicletas, há que se ter espaço nas vias públicas, ou seja, nas pistas de rolamento asfaltadas, onde há décadas circulam os veículos particulares – cada vez mais moderninhos – da classe média metida a besta. Pergunta-se: como convencer os “meritocratas coxinhas” de que é preciso reduzir o espaço destinado aos seus venerados carrinhos e substituí-los por bicicletas? De que adianta ter mérito para comprar um carrinho bonitinho se não se pode expô-lo aos olhares (seriam invejosos?) de todos? Como se distinguir da “ralé” em cima de uma bicicleta? Aqui mesmo nesta coluna, tempos atrás, detectei um comentário altamente truculento de um desses coxinhas locais, praguejando contra o que ele chamou de “ciclistas caviar”, que atrapalham a condução do “cidadão de bem” – este mesmo, que só sabe sair de casa de carro. Como se vê, a mudança para a cidade que queremos é uma questão de vontade política, e que está longe de depender apenas dos governantes de ocasião. Esta vontade política implica em uma mudança profunda da mentalidade geral, e cada habitante da cidade tem papel preponderante nesta mudança, exatamente igual às questões do lixo da cidade, do sistema educacional que queremos, das políticas de saúde pública, etc. Engana-se GROTESCAMENTE quem acredita que a solução para os males da cidade depende apenas das canetadas do grupo político que ocupa o gabinete da Prefeitura. Nossos políticos refletem a sociedade que somos: rançosos, atrasados, elitistas, preconceituosos, e principalmente individualistas preocupados apenas com seus ganhos e confortos imediatos, sem dar a mínima para o que acontece ao redor. É a nossa triste sina.
Imprecionante que o Ninteroense ainda se deixe enganar pelos nossos politicos, corruptos e que só fazem algo com interesse próprio em se manter no poder e na mamata dos cofres públicos.
Política não é carreira é uma prestação de serviços a comunidade. Chega de ficar renovando os mesmos pilantras todos os anos na Venerança do município.
Vamos fazer uma campanha de renovação todos os anos.
É a única forma de evitar a maracutaia continua e a perpetuação do poder.
Excelente matéria. Objetiva e esclarecedora.
Brilhante histórico de vida e morte da política cicloviária do governo Rodrigo Neves assinado pelo Luiz Antônio Mello! Parabéns! Como fica óbvio na matéria, era para ser mais um “se colar, colou”, mas não colou… Não tinha nenhum planejamento por trás, era só pintura de asfalto mesmo, por isso não há continuidade de traçado, qualidade da pista, conforto e segurança para ciclistas. Há anos venho dizendo que esse Axel Grael é um incompetente de marca maior. Não entende nada de política urbana, mas quer ser reconhecido como Urbanista. Alguém ainda se lembra do golpe milionário do etiquetamento das árvores da cidade? Detalhe: com etiquetas de papel!!! Descobriram que a empresa de “alta tecnologia” para leitura das etiquetas por satélite funcionava num fundo de quintal… Depois desse governo Niterói aprendeu a diferença entre um ambientalista de verdade e um burocrata do meio ambiente. E ainda tem a pretensão de vir como candidato a prefeito. Vejam a que ponto chega a pretensão daqueles que sustentam há duas gestões uma indústria de votos na cidade. Não precisam demonstrar competência, honestidade, nada; bastam desviar os royalties do petróleo para a indústria de votos.
Aquela obra da ciclofarsa no hortiduti da marques do parana éh de cair o cool da bunda. GRAEL tinha que ser jogado la com todo mundo filmando ele