Publicidade
Categories: NotíciasPolítica

Ampla X Prefeitura em novo round

Publicidade

Duas decisões judiciais, esta semana, azedaram ainda mais as relações da Ampla com o Município. Na terça-feira (31/05), a empresa cortou a luz da Secretaria de Fazenda por falta do pagamento de R$ 200 mil. O órgão municipal alegou que essa conta está errada e que a empresa distribuidora de energia é que deve mais de R$ 1,5 milhão de impostos ao município.

Na manhã desta quinta-feira, a juíza Angélica Costa determinou que a Ampla restabelecesse a energia, considerando que a prefeitura fizera o pagamento parcial do débito e que a empresa não respeitou o prazo legal de 15 dias para suspender o fornecimento.

A outra decisão judicial foi a do desembargador Nagib Slaibi Filho, da 11ª Câmara Cível, obrigando a Ampla a retirar todos os postes instalados em calçadas com menos de dois metros de largura. Deu um prazo de um ano para o cumprimento, justificando que pedestres, cadeirantes e mães com carrinhos de bebê ficam muitas vezes impedidos de andar nessas calçadas. A própria Prefeitura mesmo já vinha descumprindo a lei municipal 3.005/2003, que proíbe instalação de postes em calçadas estreitas. Esta lei foi considerada constitucional pelo desembargador Nagib Slailbi Filho, relator do processo.

Muito provavelmente em retaliação ao corte de energia, a Prefeitura autorizou também, a partir das 15h de ontem (01-06)  a cobrança de estacionamento pela Niterói Rotativo nas ruas que ficam no entorno da sede da Ampla, em São Domingos, prejudicando os funcionários da empresa.

No choque entre a Ampla e a administração do ex-petista Rodrigo Neves o consumidor e contribuinte é quem acaba eletrocutado. Se, por um lado, a Ampla alega que sua concessão é federal, o que impediria a Prefeitura de ditar-lhe normas como a de instalação de postes ou a troca destes por fiação subterrânea, a própria administração municipal descumpre também seus deveres com a municipalidade.

As obras da TransOceânica têm diminuído a largura de calçadas e ruas na Região Oceânica de Niterói; excluído espaços de estacionamento para carros e prejudicado sobremaneira o comércio local e os moradores. Nenhum deles acredita que o sistema de transporte BHLS, a ser implantado na Região Oceânica como ponta de lança do marketing eleitoral do prefeito, vá resolver de fato o problema da mobilidade urbana naqueles bairros.

Na foto menor, a calçada em frente à Igreja de São José, no Cafubá, reduzida pelas obras da TransOceânica e com um poste impedindo a passagem das pessoas.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

Recent Posts

José Tobias solta seu vozeirão afinado neste sábado em Maricá

José Tobias é hoje o cantor com mais tempo de palco no país É imperdível…

13 horas ago

Administração Regional fechada à espera de conchavos políticos em Niterói

Administração Regional permanece fechada à espera de novo acordo político do grupo que está há…

13 horas ago

Sai o marido, entra a esposa na presidência do Caminho Niemeyer, em Niterói

Fernando sai candidato a vereador, mas deixa a esposa Marcelly em seu lugar como presidente…

14 horas ago

Justiça paralisa construção de condomínio que contraria leis de Niterói

O condomínio It Camboinhas estava sendo construído com 18 unidades residenciais em oito blocos de…

2 dias ago

Com uma câmera no ombro ele registrou a história do antigo RJ

Maurício Guimarães deixa um acervo com boa parte da história política e administrativa fluminense Com…

3 dias ago

Trânsito e transporte ruins causam mais acidentes de moto em Niterói

Mototáxis transportam passageiros sem capacete, aumentando o risco de acidentes no trânsito ruim de Niterói…

4 dias ago
Publicidade