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Adeus ao irmão Amadeu, 96 anos

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(Atualizado às 15h)

A cidade perdeu o seu maior ícone da Educação, o irmão Amadeu, aos 96 anos. Estava internado na Casa de Saúde Nossa Senhora da Estrela, em Porto Alegre, dos irmãos Lassalistas, e ali faleceu na noite de Natal. Velado na capital gaúcha, em seguida o corpo será trasladado para Niterói devendo chegar ainda hoje e na ex-capital fluminense o velório será  a partir das 7 horas de terça (27/12) na capelinha do Instituto Abel, que fica em frente à sala que ele ocupava. Haverá duas missas de corpo presente, uma às 10h e outra às 15h. O sepultamento está marcado para amanhã, terça-feira, às 16h30m, no Parque  da Colina.

Com isso, cumpre-se o desejo do irmão Amadeu de ser enterrado na cidade em que deixa uma legião enorme de amigos e admiradores. Silvino José Fritzen dirigiu o Colégio Lá Salle-Abel por 58 anos, sendo o responsável pela educação de mais de 40 mil jovens. Por onde andava na cidade, havia sempre uma pessoa para apertar suas mãos, abraçá-lo ou acenar com um sorriso de alegria.

Irmão Amadeu era para muita gente mais do que um educador, e sim um pai, um conselheiro, um amigo, em quem os alunos confiavam piamente e confessavam todas as suas dificuldades, recebendo em troca sábios conselhos e orientações que lhes valem para o resto da vida. Também ouvi de tanta gente, que graças às bolsas de estudo conseguidas com o irmão Amadeu concluíram seus estudos e venceram nas carreiras que escolheram. No último encontro que tive com ele, em seu gabinete, ele recebeu a visita das crianças que o abraçaram e beijaram. Ele sempre tinha bombons na gaveta para ofertar a cada uma que ia visitá-lo. Eu lembro da sua luta quando chegou a Niterói para dirigir o Instituto Abel, que se instalava na Avenida Roberto Silveira. Conseguiu com seu carisma a doação do terreno junto ao Governo do Estado, recursos para suas obras e — o mais importante — o conceito na área da educação. Graças ao seu dinamismo, os Lassalistas foram crescendo na cidade, comprando áreas, ampliando seu espaço, até chegarem ao complexo educacional que é hoje, desde o ensino primário até o universitário. Tudo isso, se deve ao irmão Amadeu, essa figura doce, simpática, bondosa, amiga, meiga e dona de uma cultura invejável, que compartilhou com todos aqueles que tiveram o privilégio de sua convivência. Esse vai fazer falta.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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