Por / Emmanuel Macedo Soares
Era uma vez um jovem sonhador e idealista, que sofria vendo seu povo à mercê da fome e do desemprego. Ele resolve lutar contra isso, mas logo percebe que, sozinho, nada iria conseguir. Então resolve fundar um partido, o Partido dos Trabalhadores, e arregimenta multidões que o apoiam na luta sublime e justa. Mais adiante ele vê que ter um partido não bastava, era preciso chegar ao poder. Tentou a primeira vez, não deu certo. Mais uma tentativa e lá estava ele, no comando supremo de seu país. Estabiliza a economia, abre frentes de trabalho, tira milhões de pessoas da pobreza e começa a se achar um deus, acima de todo o bem e todo o mal. Ensandecido pela monomania de grandeza e poder, ele passa a se sentir ameaçado e perseguido pelos ricos, pelas elites, por qualquer um que divergisse de suas ideias, e convoca para a guerra contra tudo e contra todos o seu séquito de fanáticos. Um doce pra quem percebeu que estou falando de Adolf Hitler, o grande condutor, o grande guia, o grande chefe, que em alemão se diz führer, mas em português moderno se pode traduzir por jararaca.
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