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Niterói: Cidade do Audiovisual

Escrito por Luiz Antonio Mello às 08:45 do dia 30 de setembro de 2017
Sobre: Na fita
30set

No último dia 9 de setembro, aqui nesse espaço na Coluna do Gilson, escrevi “Niterói, uma cidade cinematográfica” sobre a quantidade e qualidade de filmes que foram rodados aqui na cidade. Uma vasta lista envolvendo grandes diretores, roteiristas, produtores, atores, que mostram esse vínculo umbilical da nossa cidade com a telona. Para ler, clique aqui: https://colunadogilson.com.br/niteroi-uma-cidade-cinematografica/

O cineasta e mestre Cacá Diegues vai mais fundo:

“O cinema foi inventado em 1895 e a primeira sessão de um filme se deu em 28 de dezembro daquele ano. Menos de seis meses depois, era rodado o primeiro filme brasileiro e sul americano, por Paschoal Segreto, fotógrafo ítalo-brasileiro. Esse filme contemplava a entrada da Baia da Guanabara dos dois lados: o do Rio de Janeiro e o de Niterói. Podemos portanto dizer que Niterói está na origem do cinema brasileiro e que lida com o cinema desde 1896. A primeira sessão de um filme se deu em Paris. Os inventores, os irmãos Lumiere, eram franceses de Lyon.”

Na última terça-feira no Reserva Cultural foi lançado o projeto “Niterói: Cidade do Audiovisual”. O lançamento foi feito pelo prefeito Rodrigo Neves e pelo Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. O convidado de honra foi Cacá Diegues que arrancou aplausos quando, em seu discurso, contou a história sobre o envolvimento de Niterói com o primeiro filme brasileiro feito.

Os três lembraram que o diretor Nelson Pereira dos Santos criou a primeira faculdade de Cinema do Brasil, aqui na Universidade Federal Fluminense. Mais: com a construção pela distribuidora H2O Filmes de um novo complexo de salas de exibição no shopping Multicenter, em Itaipu (obras em andamento), Niterói resgata a posição de uma das cidades com maior número de salas no país.

O projeto “Niterói: Cidade do Audiovisual” pretende desenvolver o setor aqui na cidade, atraindo investimentos para a realização de produções nos mais diversos formatos e gêneros. O objetivo é transformar a cidade no principal polo de audiovisual do Brasil, seguindo a vocação nata da cidade.

Prefeitura e Ministério da Cultura vão destinar R$ 1,8 milhão de reais/ano para a conclusão das obras do Centro Petrobras de Cinema, anexo ao reserva Cultural; conteúdo para o Centro Petrobras de Cinema. Vão ser destinados R$ 6 milhões em editais para longa metragens nacionais, documentários, animação e produção de programas para TV, além de projetos de produção, infraestrutura, desenvolvimento e exibição e oficinas de capacitação de profissionais de audiovisual.

Será criada ainda a Niterói Film Comission para incentivar, facilitar e apoiar a produção audiovisual, aumentar a competitividade da cidade como destino de filmagens de produções nacionais e utilizar a imagem da cidade nas telas para atrair o turismo.

Ministério da Cultura e Prefeitura vão destinar R$ 5 milhões na realização do Festival Internacional no primeiro semestre de 2018 valorizando o cinema, séries, webséries, vídeos on demand e programas de TV. A alíquota de ISS será reduzida de 5% para 2% como incetivo à produção audiovisual; será estabelecida alíquota de 2% para empresas de audiovisual, espetáculos gratuitos de artes cênicas e visuais, música e literatura produzidos por artistas brasileiros.

A Cultura agradece.

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Luiz Antonio Mello
Jornalista, radialista e escritor, fundador da rádio Fluminense FM (A Maldita). Trabalhou na Rádio e no Jornal do Brasil, no Pasquim, Movimento, Estadão e O Fluminense, além das rádios Manchete e Band News. É consultor e produtor da Rádio Cult FM. Profissional eclético e autor de vários livros sobre a história do rádio e do rock and roll.
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One thought on “Niterói: Cidade do Audiovisual

  1. Nesse embalo, seria interessante também implantar um plano de restauração de casarões antigos, especialmente – mas não apenas – nas proximidades do prédio da “Reserva” em São Domingos, para servirem de hospedaria para os visitantes. Cultura também está na história, e a preservação da antiga arquitetura da cidade é peça-chave nisso. É mais emprego – em todos os níveis – durante a construção/reforma dos prédios e quando estiverem em operação. Que seja o começo da recuperação da cidade.

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