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Zona Sul de Niterói vive dia de Rocinha

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Charitas viveu uma noite de terror, depois que bandidos atearam fogo em três ônibus em represália a morte de dois comparsas em tiroteio com a polícia. Em meio ao fogo cruzado e ao pânico criado pelo incêndio que atingiu um transformador de energia elétrica e deixou boa parte do bairro sem luz, a Zona Sul niteroiense viveu seu dia de Rocinha, que vira e mexe deixa os cariocas reféns da ação da bandidagem.

Com a construção do túnel Charitas-Cafubá ligando o bairro à Região Oceânica, Charitas ficou parecida, em proporções menores, com a Rocinha, quando está sob tiroteio e impede o acesso de moradores à Barra da Tijuca com o fechamento dos túneis Zuzu Angel e Acústico e estrada Lagoa-Barra.

Há muitos anos, põe anos nisso, esse colunista vem alertando as autoridades sobre o descarregamento de armas pesadas feito por pequenas embarcações na praia de Charitas para abastecer a bandidagem que ocupa o morro do Preventório, sob os olhares dos policiais  da 79ª DP, impotentes e desaparelhados até para combater pequenos furtos de automóveis, quanto mais para enfrentar traficantes de grosso calibre.

Houve um crescimento espantoso é desordenado dos morros de Charitas e de Jurujuba. No primeiro Preventório foi construído um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida, na beira do asfalto, em frente à estação hidroviária do catamarã.

O domínio do Preventório foi crescendo, de forma rápida e assustadora, com a bandidagem carioca assumindo aos poucos o comando dessa comunidade, aterrorizando e expulsando muitas famílias pacíficas e tradicionais, que não se conformavam em viver num permanente ambiente assustador e de intranquilidade.

Hoje, a criminalidade está no controle de um morro com posição estratégica, perto do poder aquisitivo alto, vista privilegiada, praia perto, condução rápida e na porta, por mar e por terra, nada melhor, tudo ao alcance das mãos e dos olhos.

O que se assiste agora são baitas confusões, causando pavor e pânico não só dos moradores do morros, como dos vizinhos dos muitos prédios da orla de Charitas e daqueles que optaram passar pelo túnel  para sair ou chegar em suas casas na Região Oceânica.

A situação evoluiu a tal ponto que não se combate à violência com meia dúzia de guardinhas, ganhando gratificações para ficar nas esquinas da Moreira Cesar e da Amaral Peixoto, exibindo o marketing da Prefeitura de Niterói, enquanto se deixa as delegacias desaparelhadas, com policiais tendo até que trazer papel higiênico de casa.

Todas as forças tem que se unir, num movimento de repercussão, exigindo maior segurança para a ex-capital fluminense ou continuaremos inertes, assistindo ônibus incendiados, motoristas assaltados e permanecendo horas em engarrafamentos provocados pela falta de policiamento.

Do jeito que deixaram a coisa ficar, só com o apoio do Exército, para mandar essa turma de bandidos para a cadeia. Ou rezando muito para não ser a próxima vítima.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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