Amolador desde os 13 anos, Alexandre, hoje com 52 anos, é o único de uma atividade que em outras épocas já teve 15 profissionais atuando nas duas cidades.
Com seu açoleiro (carrinho para amolar) ele percorre o mesmo roteiro há décadas: às quartas em Icaraí, entre a Miguel de Frias e Otávio Carneiro; às quintas em São Francisco (manhã) e Largo do Marron (tarde); às sextas fica no Bairro Chique, Fonseca, (manhã) e Guilherme Greenhalgh, Icaraí, (tarde), onde atende o pessoal dos salões de beleza, da moda e moradores; no sábado, percorre o Ingá e aproveita também para atender com hora marcada pelo telefone (21) 98580-0217.
Na segunda e terça, ele se dedica a atender a clientela de São Gonçalo.
O sinal característico de sua chegada é o assovio que vem do carrinho. É um som nostálgico, que não vem da amolação de facas ou tesouras, como muitos pensam. Vem da lâmina de aço temperado passada no esmeril, que serve para chamar a atenção do cliente.
– O segredo do fio perfeito está no giro do esmeril, pedra apropriada para isso. Cada peça, tesoura, faca, alicate ou até serrote tenho que dar um controle especial – diz Alexandre.
A sua tristeza é grande, só em pensar que não vai ter sucessor para passar o açoleiro, feito por seu pai. Nenhum filho quer seguir a sua profissão, interrompendo o ciclo familiar.
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