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Segundo turno começa do zero em Niterói

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Daqui a 27 dias uma nova eleição vai acontecer em Niterói. Os dois candidatos mais votados no primeiro turno vão ter que refazer suas campanhas e partir do zero para alcançar a prefeitura. Rodrigo Neves, que disputa a reeleição com Felipe Peixoto, vai tentar esconder ainda mais seu partido de origem, o PT. Seu oponente, no entanto, tende a crescer, já que do nada, sem máquina administrativa e com poucos recursos conquistou uma vaga no segundo pleito marcado para o domingo 30 de outubro.

Rodrigo Neves, que se agasalhou no PV por conta do que chamou de “desconforto com o PT”, partido que está em seu DNA político desde a adolescência, já botou seus correligionários, arregimentados inclusive nos quadros de funcionários comissionados da prefeitura, para balançar bandeirolas nas esquinas da cidade e, muito provavelmente, vai asfaltar mais algumas ruas como fez no último sábado.

Seu projeto político maior é para daqui a dois anos, quando o neoverde pretende disputar o governo do Estado. Para isso, caso se reeleja prefeito, em 2018 deixará na sua cadeira o deputado Comte Bittencourt (presidente estadual do PPS).

Felipe Peixoto, que teve sua imagem política arranhada pela crise no Estado e pela situação falimentar da Saúde que jogaram em seu colo no ano passado, pode renascer das cinzas. A primeira oportunidade já teve no domingo. Agora lhe resta conquistar os eleitores que votaram branco ou nulo e aqueles que se abstiveram do pleito. Grande parte desses 143 mil cidadãos (quase 40% do eleitorado niteroiense) estariam desestimulados de participar da eleição influenciados pela propaganda “já ganhou” do ex-petista Rodrigo Neves.

Nem um nem outro vai contar com os 47 mil votos de Flavio Serafini. O Psol não apoia ninguém. Isto ficou claro com o discurso de Taliria Petrone, a vereadora mais votada em Niterói:

– Nosso desejo, mais do que ocupar esses espaços (referindo-se aos parlamentos), é romper com eles – disse a vereadora do Psol ao conhecer o resultado das urnas no domingo, que lhe garantiram 5.121 votos.

Se depender da oposição psolista, se vigorar esse niilismo não vai ficar pedra sobre pedra. O certo é que os dois candidatos do segundo turno vão ter que começar tudo do nada.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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