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Roubado retábulo da Fazenda Colubandê

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O retábulo de madeira entalhada e com douramento foi roubado da capela da histórica Fazenda Colubandê, em São Gonçalo, construída em 1617. Há seis meses o espaço tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1940, foi cedido pelo Governo do Estado à Prefeitura do município que pretendia instalar ali a sede de sua guarda municipal. Nada foi feito e a área de 120 mil metros quadrados abandonada pelo estado e pela prefeitura gonçalense está tomada pelo mato e cheia de lixo.

O furto foi notado por membros do grupo ‘Fazenda Colubandê-Quem ama cuida’, e comunicado esta semana ao Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). Inicialmente, o órgão respondeu dizendo que “o retábulo foi retirado preventivamente pelo estado, conforme orientação dos técnicos do Inepac e aprovação do Iphan. Se encontra sob a guarda do Museu Histórico Nacional”.

Esta informação foi contraditada na sexta-feira pelo Iphan, depois de uma vistoria feita por técnicos do órgão federal no dia 24 constatando o furto e pedindo providências ao governo estadual para localizar os ladrões e recuperar a peça histórica.

Abandonada desde 2012, quando saiu dali o Batalhão da Polícia Florestal da PM, a Fazenda Colubandê passou a ser alvo de ladrões, que levaram portas, janelas, bancos da capela e muitas outras peças centenárias do mobiliário, incluindo lustres, cadeados e torneiras e o que mais que pudesse ter algum valor, culminando há dez dias com o furto do retábulo.

Tombada pelo Iphan em 23 de março de 1940, a Fazenda Colubandê foi sede de um dos engenhos mais produtivos do país no século XVII. No início dos anos 1600 a área onde hoje é compreendido o município de São Gonçalo foi desmembrada pelos jesuítas e mais tarde doada ao colonizador Gonçalo Gonçalves. Em 1617 foi edificada na fazenda a capela em homenagem a Nossa Senhora de Mont’Serrat. Em 1720, os então proprietários da Fazenda, após realizarem uma reforma, ofereceram a Capela a Nossa Senhora de Sant’Ana.

“A fazenda tem o prestígio de ser uma das casas mais autenticamente brasileiras, o que pode ser constatado comparando-a com as reproduzidas nos inventários da Academia de Belas Artes de Lisboa e na publicação Arquitetura Popular em Portugal”, destaca o arquiteto Paulo Santos.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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