A Prefeitura de Niterói tem mais órgãos com status de secretaria do que o dobro de Ministérios do Governo Federal.
Tudo isso para contemplar os partidos políticos e vereadores, que empregam seus apaniguados e cabos eleitorais. Estes já somam mais de cinco mil pessoas em cargos comissionados, a maioria sem trabalhar.
No final, quem paga a conta é o munícipe, com um imposto elevado tributando sua casa, sua atividade profissional ou seu estabelecimento comercial.
Pelo projeto de lei que cria a regional de Cubango, Santa Rosa e Vital Brazil, o quadro de funcionários será “o necessário ao pleno funcionamento do órgão criado”, diz o artigo terceiro, sem especificar nenhum quantitativo.
O cheque em branco dado pelos vereadores ao prefeito Rodrigo Neves, ao aprovaram o projeto, prossegue com a autorização para o prefeito “proceder à abertura de créditos adicionais, assim como à transposição, ao remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, que se fizerem necessários ao cumprimento do disposto na presente lei”.
Mesmo já tendo criado antes a Secretaria Regional da Região Oceânica, Rodrigo Neves criou também a Secretaria de Itaipu para entregar ao vereador Paulo Velasco, com as mesmas atribuições da outra que abrange a região toda.
Ocorre que essas secretarias regionais só funcionam como cabides de empregos. Muitas até sem local adequado, sem nenhuma estrutura física e nenhum equipamento, dependendo sempre de outros órgãos para o mais corriqueiro dos serviços.
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