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Pedagoga assume Pestalozzi Niterói e pede mais apoio para inclusão e cidadania

Escrito por Gilson Monteiro às 08:01 do dia 20 de abril de 2022
Sobre: Reabilitação e educação
  • Jussara Freitas
20abr
Jussara Freitas diz que a Pestalozzi deveria receber mais apoio do poder público

Trinta e dois anos depois de ter entrado na Pestalozzi de Niterói pela primeira vez, a pedagoga Jussara Silvia da Silva Freitas assume a presidência da instituição. Ela substitui o advogado Carlos Alberto Consídera com a missão de continuar o trabalho de reorganização administrativa da associação filantrópica. Jussara diz contar com uma equipe coesa que continuará trabalhando pela inclusão e cidadania das pessoas com necessidades especiais, mas pede mais apoio das administrações públicas.

Para divulgar as políticas de reabilitação, saúde e educação da pessoa com deficiência, marca da instituição fundada em 1948, a presidente acaba de lançar o Informativo Pestalozzi, distribuído por e-mail às pessoas interessadas em conhecer e contribuir com o trabalho da instituição exemplar do terceiro setor (clique aqui).

A presidente Jussara Freitas relembra sua trajetória na Pestalozzi, onde começou como pedagoga em fevereiro de 1990. Logo foi convocada pela então presidente Lizair Guarino para coordenar o Centro Experimental Helena Antipoff, dirigido pela professora Eunice José Vieira.

Informativo Pestalozzi
Pestalozzi passa a divulgar suas ações através de Informativo online

Referência em educação especial, a Pestalozzi Niterói se ressente de maior apoio das administrações públicas. “Os governantes poderiam atuar em maior parceria com instituições como a Pestalozzi, que têm conhecimento e experiência para lidar com crianças e jovens com deficiência, incluindo-as na sociedade”, diz a presidente.

– Há uma parcela que vê escolas como a nossa como um ambiente segregador. Isso não é verdade. É puro preconceito. Nosso trabalho é dar cidadania para que essas crianças possam crescer e se tornarem adultas incluídas na sociedade, com total responsabilidade e donas do seu nariz. São muitos os exemplos de ex-alunos que formaram famílias, casaram-se, trabalham e são cidadãos de pleno direito – acrescenta Jussara Freitas.

Antes de entrar para a Pestalozzi, há 32 anos, Jussara conta que nunca havia trabalhado com crianças com deficiência. “Foi um desafio enorme que acabou me envolvendo e se transformou em parte da minha vida. Logo que cheguei, a doutora Lizir Guarino (então presidente) me chamou para assumir a coordenação do Centro Experimental Helena Antipoff (de educação especial). Na hora me assustou um pouco, mas ela tinha o dom de dar oportunidades a quem enxergava ser capaz. Assumi o cargo com o apoio dela e atuei coordenando a equipe até me aposentar”, conta Jussara.

– Eu nunca saí definitivamente da Pestalozzi. Me aposentei há três anos e aceitei, à época, o convite para integrar a diretoria, feito pelo professor José Raymundo Martins Romeo, que assumiu a Pestalozzi em um momento muito difícil. Colaborei um pouco distante, por motivos familiares, mas sempre com a Pestalozzi no meu coração. Agora, recebi esse chamado para assumir a presidência. Recebi como uma missão – diz a nova presidente.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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