Publicidade
Notícias

MP pede cassação do vereador Carlos Macedo pela nomeação de fantasmas

Publicidade

O Ministério Público estadual ajuizou ação civil pública requerendo à Justiça a cassação do vereador Carlos Macedo por improbidade administrativa pela nomeação, desde 1993, de funcionários fantasmas nos quadros funcionais da Câmara Municipal e da Prefeitura de Niterói. O MP requer, ainda, a suspensão dos direitos políticos do acusado e o pagamento de multa de R$ 1,9 milhão.

Macedo preside na Câmara de Vereadores a Comissão de Fiscalização Financeira, Controle e Orçamento. Ele ainda responde à ação criminal como suspeito de ter sido mandante do assassinato do vereador eleito Lúcio do Nevada, em 2012. Carlos Macedo teria encomendado o crime por motivos políticos, para assumir o cargo de vereador após a morte do titular. A pedido de sua defesa, seu julgamento, depois de sucessivos adiamentos, deverá ser  realizado na Comarca da Capital em data ainda a ser marcada.

A ação ajuizada agora pelo MP, distribuída à 4ª Vara Cível de Niterói,  destaca que Macedo, vereador desde 1993, valeu-se de seu cargo e de sua influência para determinar e autorizar a nomeação de diversas pessoas para o exercício de funções públicas.

De acordo com as investigações conduzidas pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), o político, auxiliado diretamente por sua então chefe de gabinete, Mariana Soares Queiroz da Silva, nomeou Luiz Alberto Mendonça da Silva, Paulo de Tarso Balzana e Maria Zélia Silva para o exercício de cargos comissionados, sem que os mesmos desempenhassem qualquer função pública.

Esses funcionários não ocupavam efetivamente seus cargos, ficando à disposição dos interesses privados de Carlos Macedo.

Além da perda do mandato, o MPRJ requereu à Justiça que determine a suspensão dos direitos políticos do vereador, de acordo com as sanções previstas no artigo 12, incisos II e III da Lei nº 8429/1992, e o pagamento de multa de R$ 1.924.524,02.

Os demais réus, por terem sido exonerados há mais de cinco anos, deverão ressarcir os cofres públicos nos valores de R$ 962.262,00, no caso de Mariana (correspondente à soma atualizada das remunerações pagas aos funcionários-fantasmas), R$ 819.594,47, no caso de Maria Zélia, R$ 103.174,58, por parte de Paulo de Tarso, e R$ 39.492,96 no caso de Luiz.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

Recent Posts

Marcos Flávio celebra 80 anos com festa histórica no berço do futebol brasileiro

Roberto Nolasco, Marcos Flavio. Jorge Bellas, Comte Bittencourt e o desembargador Custódio Tostes no concorrido aniversário…

5 horas ago

Medicina da UFF celebra 100 anos com homenagem especial em Niterói

O novo prédio da Faculdade de Medicina da UFF no Bairro de Fátima, ao lado…

2 dias ago

Bonsai Preventório inaugura inclusão onde prefeitura falha em Niterói

Crianças participam da pintura da fachada do projeto social no Preventório / Foto: Divulgação Enquanto…

6 dias ago

Nova lei do lixo cria mais despesas para condomínios de Niterói

A partir de outubro, sacos de lixo deverão ficar dentro de contêineres à espera da…

1 semana ago

Em Niterói até mendigo tem CNPJ no império de papel do Rei dos Empréstimos

Ruas de Niterói abrigam alguns CEOs das empresas de papel descobertas pela Polícia Federal Se…

1 semana ago

Niterói vai gastar R$ 200 milhões com obra que ignora alagamentos e atropelamentos

Chuva forte inunda a Alameda São Boaventura. Nos detalhes, como ficará a ciclovia sobre o…

2 semanas ago
Publicidade