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Guilherme Eurico, 85 anos, deixa como legado gerações de cirurgiões

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Guilherme Eurico acompanha, ao violão, a cantora Ellen de Lima, em congresso médico realizado em Portugal

Ele já nasceu craque. Jogava basquete, vôlei, futebol e na medicina era um bamba da cirurgia geral. Um mestre com talento e mãos habilidosas. Formou gerações de cirurgiões nos hospitais Orêncio de Freitas, Antônio Pedro e Santa Cruz. Assim era Guilherme Eurico Bastos, que faleceu de causas naturais, aos 85 anos, nesta madrugada (27/08), no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN).

O velório será às 13h desta quinta-feira (27/08), no Salão Nobre do Cemitério Parque da Colina (Estrada Francisco da Cruz Nunes, 987, Pendotiba, Niterói), com sepultamento às 16h.

Formado pela UFF em 1958, se orgulhava de ter convivido com grandes expressões de várias especialidades da medicina. Dizia com eles ter aprendido muito e que pode transmitir seus conhecimentos para mais de 700 médicos residentes, durante as três décadas em que chefiou a cirurgia do Hospital Orêncio de Freitas e a Residência Médica implantada por ele.

Guilherme repetia sempre que esses médicos eram bem preparados e incentivados a ter um bom relacionamento com o paciente e seus familiares, o que considerava importante na profissão.

Sentia-se feliz por ter, em toda sua carreira, tratado os doentes com dignidade. Esforçava-se sempre para que o paciente recebesse o melhor que o médico poderia lhe dar.

Com 1,82m de altura, olhos verdes, jaleco branco engomado, quando chegava ao hospital chamava a atenção pelo porte atlético e pelo sorriso arrebatador, além do papo alegre e descontraído, dizem colegas que foram suas residentes.

Nos eventos científicos e sociais pegava o violão ou sentava-se ao piano animando a parte social do encontro, conquistando aplausos da plateia.

Currículo de peso

Guilherme Eurico, pioneiro em metodologias técnicas que salvaram vidas e ganharam adeptos, foi presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Federação Brasileira de Gastroenterologia e da Academia Fluminense de Medicina, vice-presidente da Associação Interamericana de Gastroenterologia e um dos fundadores da Academia de Medicina do Rio de Janeiro.

Foi também professor de cirurgia geral da Faculdade de Medicina da UFF, membro da diretoria do Conselho Regional de Medicina, reeleito por 25 anos e imortal da Academia Fluminense de Letras.

Seu último evento público foi a noite de lançamento do livro “A cirurgia que eu vivi”, na Associação Médica, formando fila enorme para o autógrafo do grande mestre.

A medicina perdeu um profissional dedicado, que dignificou a carreira e formou centenas de competentes colegas. Conquistou centenas de amigos pela convivência como um irmão, alegre, espirituoso. Vai deixar muita saudade.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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