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Médicos descumprem decisão da Unimed

Escrito por Gilson Monteiro às 11:07 do dia 23 de agosto de 2016
Sobre: Consultas negadas
23ago

Unimed |Leste Fluminense revogou decisão de não atender Unimed Rio, mas médicos ainda não seguem a decisãoA decisão de voltar a atender pacientes da Unimed Rio nos hospitais, clínicas e consultórios de Niterói e São Gonçalo, está sendo descumprida, nesta manhã de terça-feira (23/08), por cooperados da Unimed Leste Fluminense. O comunicado revogando o boicote foi distribuído ontem à noite pelo presidente da cooperativa niteroiense, Alan Onofre, mas a determinação ainda não chegou às secretárias dos médicos que continuam recusando marcação de consultas para beneficiários da cooperativa carioca. Em Niterói, moram 60 mil segurados da Unimed Rio que estão sem receber assistência médica pela cooperativa local, a Leste Fluminense.

Na clínica de ortopedia Artro a telefonista diz que o atendimento a clientes da Unimed Rio está suspenso. E a Clínica Médica de Órteses e Articulações, também em Icaraí, não aceita nem marcar consulta particular para pacientes da operadora carioca.

O mesmo se repetiu em alguns consultórios médicos de pneumologistas, cardiologistas, dermatologistas e ginecologistas consultados por leitores da coluna. A informação dada pelas atendentes ao saberem que se trata de pacientes da Unimed Rio é a de que não há vagas na agenda.

Unimed Rio deve R$ 36 milhões a cooperados da Leste Fluminense

Depois de receber o promotor de Justiça Augusto Lopes, que faz parte de um grupo do Ministério Público que acompanha a crise financeira da Unimed Rio, o presidente da Leste Fluminense, Alan Onofre expediu comunicado aos 1.300 cooperados informando que voltariam a ser dadas autorizações para o intercâmbio com a cooperativa carioca.

Hoje, estão sendo realizadas eleições para a nova diretoria da Unimed Rio, que vai administrar um passivo de mais de R$ 347 milhões a ser rateado entre seus 5.423 médicos cooperados (um aporte de cerca de R$ 64 mil para cada um). Dez por cento desta dívida representa o total que a cooperativa carioca tem que pagar de atrasados aos médicos e hospitais de Niterói e São Gonçalo (R$ 36 milhões).

O promotor Augusto Lopes se propôs a, após o resultado das eleições, mediar um acordo entre as duas cooperativas para solucionar a questão, mas exigiu primeiro uma garantia de que o atendimento aos clientes não será paralisado. Dentre os 950 mil beneficiários da Unimed Rio, 60 mil moram em Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, na região coberta pela Unimed Leste Fluminense, e estão com o atendimento médico interrompido.

Segundo o presidente do Sindicato dos Hospitais de Niterói e São Gonçalo, Aécio Nanci Filho, 40 por cento dos atendimentos feitos pela Leste Fluminense são a clientes dos planos de cobertura nacional e estadual da Unimed Rio.

Na tarde desta terça-feira (23/08), o Ministério Público voltará a se reunir com dirigentes de hospitais, clínicas e laboratórios de Niterói para reafirmar o compromisso aceito pela Unimed Leste Fluminense de manter o atendimento normal aos pacientes da Rio até se concluir as negociações para a quitação da dívida desta operadora.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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4 thoughts on “Médicos descumprem decisão da Unimed

  1. Ola. Bom dia Gilson! Meus filhos de 5 e 2 anos tem o plano de comparticipação da UNIMED LESTE FLUMINENSE, moro em São Gonçalo RJ! Tenho lido informações sobre problemas finaceiros sobre a Unimed SP. RJ, porém, não tenho ouvido sobre a leste Fluminense! O Senhor poderia me informa sobre a situação da mesma? Como cliente da empresa estou me sentindo informativamente abandonado! Agradeço a atenção!

  2. Absurdo e descaso total C nossa saúde. Tenho 46 anos e meu filho 15 anos, pago em dia e muitas vezes adiantado a unimed rio e pago caro ( 860,00 nós dois). Ja estou sem médico q me trato mais de 15, 20 anos. Ginecologista, otorrino, alergista , dermatologista e pediatra. Em Niterói ninguém quer mais atender. Até onde vamos suportar essa situação?Não temos atendimento de saúde descente público e agora não temos privado. Mais uma vez vamos pagar pelo erro de outros??? Nós somos os maiores prejudicados. Gostaria de saber como irá ficar essa situação.

  3. Prezado Gilson,

    Não somente gera impacto aos antigos segurados da Caarj, mas também aos da Marinha, via Abrigo do Marinheiro(AMN), associação civil ligada, para intermediar contratos de seguros e planos de saúde à família naval.
    Digo isso com imenso pesar, por dois motivos: primeiro que o contrato com o AMN é um dos maiores, senão o maior da Unimed Rio, pois abrange militares da marinha do Brasil inteiro, mas o maior contingente está no Rio de Janeiro.
    Segundo, que apesar do vínculo familiar com a Marinha, sou advogado, e consigo sentir a mesma agonia dos dois lados.
    O AMN já estuda criar um plano de autogestão, nos mesmos moldes do que existia na Caarj (saudosamente, diga-se de passagem…), caso seja confirmada uma liquidação da Unimed Rio.

    Infelizmente, o futuro parece muito mais nebuloso do que ainda imaginamos. Só espero que o desfecho não demore, pois é muito complicado pagar ao mesmo tempo um plano de saúde caro e todas as consultas e procedimentos particulares…

    1. A própria Unimed não descontinuou o boicote!! Após a notícia da coluna de que havia retornado o atendimento, eu telefone para a Unimed Exames em Piratininga e a recusa no atendimento permaneceu.

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