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Mais cimento no Campo de São Bento

Escrito por Luiz Antonio Mello às 08:25 do dia 15 de fevereiro de 2020
Sobre: Atentado ambiental
  • Mais cimento no Campo de São Bento
15fev

Mais cimento no Campo de São BentoNa contramão da humanidade, que recomenda menos asfalto e cimento para que a água da chuva possa ser drenada pela terra, o Campo de São Bento está fazendo o contrário.

De acordo com fotos de integrantes do movimento “Em Defesa do Campo de São Bento” (clique aqui e conheça https://bit.ly/38ywBVX ) o Campo tacou cimento em mais um pedaço da sua pequena área (já sobrecarregada) criando um espaço para praticantes de…ping pong (!?!?). Daqui a pouco vai cimentar áreas para praticantes de bocha, frescobol, peteca, bola de gude?

Indignados com toda a razão, frequentadores e defensores do Campo de São Bento estão protestando contra mais esse surto de equívocos no maior e mais popular parque de Niterói. Mesmo sabendo que, aparentemente, pouco adianta protestar (a não ser nas urnas, dia 4 de outubro) já que o autoritarismo é a palavra de ordem e os poucos vereadores que não beijam a mão não tem força para vencer a maioria absoluta que a prefeitura mantém no cabresto.

Essa nova estupidez se junta a uma lambança chamada Centro de Informações Turísticas (que vive deserto), uma gigantesca trolha enfiada no meio do Campo, que mais parece torre de observação de bordel de novela.

Há também um “puxadinho” de cimento na área do Centro Cultural Paschoal Carlos Magno e os predadores food trucks, festivais de cervejas e outras atividades que geram barulho, zoeira, multidão, fumaça, ou seja, cospe-se a três por quatro na proposta original do Campo de São Bento.

“A população está adorando”, garantem funcionários da prefeitura que não trabalham lá. Comentam que “as pessoas que frequentam o Campo gostam de movimento, de animação, de alegria. Em dias de food truck isso aqui é uma festa”, filosofa o funcionário comissionado (que não trabalha lá, repito) e que aguarda o sinal verde para se aposentar na prefeitura com um salário (mais gratificações e outras maquiagens) de quase R$ 50 mil. Em tempo: algum site do tipo “Contas Abertas” exibe o salário dos aposentados que faturam até R$ 70 mil? Ou é excesso de democracia perguntar?

Rodrigo Bessa, da Niterói Beatle Week, brilha no “Lady Night” de Tatá Werneck

Rodrigo Bessa e Tatá WerneckBaixista, guitarrista, violonista, compositor, cantor, arranjador, gente muito boa, Rodrigo Bessa é um gigante. Com a mulher Jéssica Abreu, produz a bem sucedida Niterói Beatle Week.

Ele pode ser visto toda quinta-feira na Globo, mandando ver no seu baixo Hofner, formato de violino, igual ao de Paul McCartney, no eletrizante programa “Lady Night”, da gozadíssima pós punk Tatá Werneck.

Ceifaram a árvore da Pedra de Itapuca

Pedra da ItapucaHá meses uma árvore teve a ousadia de nascer no topo da Pedra de Itapuca. Decisão da natureza. Comentário geral em Icaraí, Ingá e adjacências, muita gente foi lá tirar fotos. Só que ela foi ceifada, ninguém sabe por quem, e nem quando. Leitores escreveram para cá denunciando, fui lá ver e realmente a pedra está pelada.

Será vandalismo ambiental? Será ecofobia? Será sociopatia? O que será? Só falta os terraplanistas dizerem que a pedra fazia mal a árvore ou, pior, a árvore faria mal a pedra, ou seja, burrice da natureza.

 

 

 

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Luiz Antonio Mello
Jornalista, radialista e escritor, fundador da rádio Fluminense FM (A Maldita). Trabalhou na Rádio e no Jornal do Brasil, no Pasquim, Movimento, Estadão e O Fluminense, além das rádios Manchete e Band News. É consultor e produtor da Rádio Cult FM. Profissional eclético e autor de vários livros sobre a história do rádio e do rock and roll.
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One thought on “Mais cimento no Campo de São Bento

  1. Concordo com a “bronca” do artigo, mas, se a onda atual é ‘autoritarismo’, como identificar quem dele faz uso? Diz-se que antes havia autoritarismo de esquerda (o que eu discordo). Aí, o substituímos por outro de direita (alguém tem dúvida disso?). Que cuidado devemos ter para não rolarmos ladeira abaixo do autoritarismo? Como voltar a fazer disputa política minimamente saudável?

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