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Livros para dar e vender em Niterói

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Se Niterói em peso resolvesse sair de casa para comprar um livro, ele teria estoque suficiente para atender aos 512 mil moradores, de acordo com estimativa feita em 2018, pelo IBGE. Adroaldo Peixoto, cheira e respira livros novos e usados, desde a década de 70, quando instalou uma banca de jornais, cheia de publicações acadêmicas nas prateleiras, no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF), para facilitar a vida de alunos e professores, ao mesmo tempo em que fazia o curso de Direito na UFF.  No ano seguinte, abriu a Romanceiro, onde hoje tem um acervo de 600 mil obras.

Nem a sua passagem na vida pública, como deputado estadual, conseguiu afastar Adroaldo dos alfarrábios, porque na travessia da barca para ir à Assembleia Legislativa encontrava pessoas interessadas em conversar sobre cultura e não sobre política, encomendando quase sempre uma publicação rara, ao tradicional livreiro da cidade.

Quem chega na Rua José Clemente 63, Centro, mesmo que não tenha dinheiro, não vai sair com a mão abanando. É que na entrada um cartaz diz: “Se você gosta de ler e não pode comprar, entre na livraria e receba um livro de cortesia”.

Aliás, não precisa nem entrar, na calçada tem uma caixa cheia, que é abastecida duas vezes ao dia, basta escolher e levar o livro.

Nesses dois anos, Adroaldo deu mais de 30 mil livros para presídios, hospitais, bibliotecas comunitárias e asilos, tendo ainda 50 mil disponíveis, lamentando que nenhuma escola pública aceite doação, apesar do oferecimento.

– A internet tem sido boa para quem tem estoque. Nós estamos vendendo 200 livros online, por dia. Nosso foco é o universitário, pois estudam e circulam por Niterói, uma média de 150 mil jovens. Aqui tanto podem encontrar um livro novo que custa R$150,00, quanto o usado a R$30,00. O freguês faz a opção – diz o livreiro, acrescentando ser grande a procura por biografias, clássicos como Machado de Assis, e livros de autoajuda.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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