Nem a sua passagem na vida pública, como deputado estadual, conseguiu afastar Adroaldo dos alfarrábios, porque na travessia da barca para ir à Assembleia Legislativa encontrava pessoas interessadas em conversar sobre cultura e não sobre política, encomendando quase sempre uma publicação rara, ao tradicional livreiro da cidade.
Aliás, não precisa nem entrar, na calçada tem uma caixa cheia, que é abastecida duas vezes ao dia, basta escolher e levar o livro.
Nesses dois anos, Adroaldo deu mais de 30 mil livros para presídios, hospitais, bibliotecas comunitárias e asilos, tendo ainda 50 mil disponíveis, lamentando que nenhuma escola pública aceite doação, apesar do oferecimento.
– A internet tem sido boa para quem tem estoque. Nós estamos vendendo 200 livros online, por dia. Nosso foco é o universitário, pois estudam e circulam por Niterói, uma média de 150 mil jovens. Aqui tanto podem encontrar um livro novo que custa R$150,00, quanto o usado a R$30,00. O freguês faz a opção – diz o livreiro, acrescentando ser grande a procura por biografias, clássicos como Machado de Assis, e livros de autoajuda.
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