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Leilão do Hospital Santa Cruz é suspenso em Niterói pela Justiça do Trabalho

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Fundado em 1909, Hospital Santa Cruz está fechado desde 2013

O leilão do Hospital Santa Cruz, que deveria acontecer nesta quinta-feira (28/04) foi suspenso por decisão da desembargadora Alba Valéria Guedes Fernandes da Silva, do Tribunal Regional do Trabalho, em Agravo Regimental decorrente de mandado de segurança impetrado pela Sociedade Portuguesa de Beneficência de Niterói (SPBN)

Fechado desde 2013, o Hospital Santa Cruz fundado em janeiro de 1909 faz falta a Niterói. Sua mantenedora, a SPBN vem tentando com os credores fechar acordo de recuperação judicial que permita a reabertura do Santa Cruz. Se o prédio do hospital for leiloado, a Beneficência de Niterói se descapitaliza e não quita todas as suas dívidas trabalhistas e fiscais. Se conseguir arrendar as instalações para um grupo hospitalar conseguirá fazer caixa para cumprir a recuperação judicial.

Para Niterói é uma pena ver o Santa Cruz fundado pelos portugueses com as portas fechadas sendo destruído pelo tempo. Por muitos anos, o hospital localizado no Centro da cidade foi referência e pioneiro em procedimentos médicos, como a alimentação parenteral introduzida pelo clínico Geraldo Chini. Isto sem falar em outros avanços na área cardiológica com Geraldo Ramalho à frente, e mais uma plêiade de médicos que se tornaram referência para todo o Brasil em várias especialidades.

Um grupo da área de saúde está interessado em revigorar o Santa Cruz, oferecendo atendimento digno e de qualidade, não necessariamente sofisticado e caro, o que encarece muito o custo. O Santa Cruz poderia voltar a ter uma maternidade, um pronto-socorro de qualidade,  ambulatório eficiente e realizar cirurgias que não exijam tecnologia de alto custo.

O leilão do hospital foi decretado pelo juízo da 8ª Vara do Trabalho de Niterói para a quitação de dívidas trabalhistas. A SPBN entrou com recurso e a desembargadora Alba Valéria Guedes Fernandes da Silva considerou que a possível demora da inclusão do agravo a ser apreciado pelo Órgão Colegiado do TRT poderia causar prejuízos à impetrante suspendeu a hasta pública.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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