As estações de ônibus tipo BHLS e a milionária Transoceânica (corredor expresso de nove quilômetros entre o Engenho do Mato e a praia de Charitas) até hoje, pouco mais de dois anos depois de inauguradas com festa e discurseira, ainda não cumpriram seu objetivo. Em vez de oferecer maior mobilidade à Região Oceânica, têm sido um estorvo urbano. As 13 estações do BHLS estão praticamente abandonadas pela prefeitura de Niterói.
Poucos ônibus circulam pela via expressa, em uma região onde o uso do carro é predominante. Algumas estações foram vandalizadas. Tiveram painéis de LED destruídos, vidros estilhaçados e o sistema eletrônico que indicaria o horário dos ônibus em circulação está sem funcionar.
O vandalismo é reprovável, mas a destruição das estações estaria refletindo o abandono e a falta de fiscalização delas. O corredor expresso, pouquíssimo ocupado pelo BHLS, virou uma ciclovia milionária (a obra custou mais de R$ 420 milhões), ou via de emergência para carros de polícia e ambulâncias.
Os painéis de LED deveriam informar nas estações o tempo de chegada e a localização dos ônibus. Mas estão fora de funcionamento desde janeiro de 2020. Na estação próximo ao Multicenter, ele não só está desligado. Foi arrancado do painel.
A prefeitura havia prometido que, além dos painéis informativos, as estações contariam com “câmeras de segurança e um sistema de sonorização que permitirá a comunicação do Centro de Controle com os passageiros”. Até hoje as estações não têm câmeras nem sistema de som, como previa o projeto da obra milionária.
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