De um lado o prefeito Rodrigo Neves, petista que alegando “desconforto com o PT” por causa da Lava Jato se asilou no PV, vai tentar se reeleger prefeito. Uma raposa do petismo niteroiense chegou a dizer, recentemente, que Rodrigo Neves “pode sair do PT, mas o PT não vai sair dele”. O prefeito é apoiado por PT, PV, PDT, PCdoB, PTN, PRB, PSL, SD, PTB, PMDB, PPS, PP, PRP, PEN, PMB, PRTB, REDE, DEM e PR.
Do outro lado, Felipe Peixoto tenta a prefeitura pela segunda vez. Ele deixou o PDT por discordar da pressão da cúpula do partido que pretendia fazê-lo vice de Rodrigo Neves e foi para o PSB. Ele se coloca como o nome que pode afastar o PT do comando da Prefeitura de Niterói e é apoiado por PSB, PSDB, PHS, PTC, PTdoB, PSDC, PMN, PSD,PROS, PPL e PSC.
Se no primeiro turno, Neves e Felipe tiveram que enfrentar o alto índice de votos nulos e brancos, no segundo turno a eleição se transforma em plebiscito. Muita gente que votou nulo e branco vai optar pelo voto válido, o que faz do resultado uma caixa de surpresas. Será a batalha de quem é contra versus quem é a favor do PT, já que Rodrigo Neves não conseguiu descolar sua imagem no partido de Dilma e Lula.
Revoltado com o cenário político nacional, o eleitor de Niterói permanece frio e cético. Em lugares onde em tempos de eleição a política dominava as conversas e discussões muitas vezes acaloradas, impera o desprezo. Nas ruas, quem distribui “santinhos” dos candidatos ouve “não quero, obrigado” o dia todo. Os raros comitês eleitorais, quem em tempos normais estariam movimentados, estão desertos e os bandeiraços nas esquinas se mostram melancólicos.
É isso aí.