O aumento de 55,5%, em média, no valor das multas de trânsito, sancionado na última semana pela (ainda) presidente Dilma, previsto para vigorar a partir de novembro, vai servir para reforçar o caixa de prefeituras como a de Niterói.
Após as eleições municipais os cofres públicos deverão estar combalidos devido ao incremento dos gastos feitos, principalmente, com a nomeação para cargos comissionados que engordam as despesas municipais, como acontece com as alianças que o prefeito ex-petista Rodrigo Neves, hoje PV, faz com vinte partidos em busca de sua reeleição.
Em 2015, a prefeitura de Niterói arrecadou R$ 10,68 milhões em multas de trânsito. Este ano, antes de ser conhecida a alteração do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a previsão era a de arrecadar R$ 16 milhões. De janeiro a abril, os agentes da NitTrans já ‘canetaram’ um total de R$ 4,385 milhões, sendo grande parte das multas por estacionamento proibido. Isto porque foram criadas ciclovias (até hoje pouco utilizadas por ciclistas), em um projeto típico de quem despe um santo para vestir outro.
A partir de novembro, as multas de trânsito serão reajustadas em até 66% e o motorista que for flagrado falando ou mexendo no celular (lendo ou enviando mensagens de texto) será punido por infração gravíssima – e não mais média, como acontece hoje. O valor desta multa passará de R$ 85,13 para R$ 293,47.
A infração leve terá a maior alta, de 66%, passando de R$ 53,20 para R$ 88,38. A média será reajustada em 52%, subindo de R$ 85,13 para R$ 130,16, e a grave, que também terá o reajuste de 52%, vai de R$ 127,69 para R$ 195,23. A gravíssima subirá 53%, de R$ 191,54 para R$ 293,47.