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Doces e tortas alemãs há 69 anos dando água na boca em Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 16:28 do dia 6 de março de 2020
Sobre: Delícias
  • Alemã
06mar

AlemãQuem ainda não provou os deliciosos salgadinhos e as imbatíveis tortinhas da Alemã, que há 69 anos são oferecidos em prateleiras de vidro, numa pequena loja na entrada do prédio da Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro, na Avenida Amaral Peixoto, no Centro de Niterói?

São receitas trazidas de Baden Baden por Maria Roessler, que desembarcou em Niterói em 1950, vindo da Alemanha com a mala cheia de receitas. Ela começou a fazer seus quitutes em casa e a oferece-los aos vizinhos para provar.

O sucesso foi tão grande que um ano depois, em 1951, Maria Roesller abriu a Alemã Café e Confeitaria. Daí passou as dicas culinárias para a filha Lúcia que as transmitiu para o filho George. Este hoje, continua firme mantendo a tradição e o mesmo sabor de quase sete décadas.

Quem come o risole de camarão com catupiry não resiste a um só. A Alemã oferece uma variedade de opções para um lanche rápido. Tem empadinhas, pastéis folheados, coxinha de galinha com ou sem catupiry, esfihas, bolinhos de aipim com calabresa, além de pastéis de forno integrais de ricota com chester, frango com ameixa e berinjela com passas.

O freguês encontra uma variedade de doces e tortinhas. São tortas alemãs de frutas, creme, chocolate, baunilha ou morango e as húngaras, de ricota com passas, banana e rocambole.

Muita gente que foge do açúcar corre para a linha diet e diz que não sente muita diferença no sabor.

A receita que passou da vovó para a filha e, agora, para o neto George mantem a qualidade da casa que faz parte história niteroiense.

O New York Times publicou recentemente uma reportagem sobre a cidade natal da família Roessler, que escolheu Niterói para viver.

O jornal destaca que a cidade no passado era ponto de encontro de milionários e cabeças coroadas. Se situa aos pés da floresta negra, perto de Stuttgart. É conhecida hoje como importante balneário e desfruta de excelente reputação, com pequenas tabernas, oferecendo o melhor da culinária internacional, repouso medicinal e destino cultural.

A Alemã, fica na Avenida Amaral Peixoto 286, loja 1, Centro, Niterói.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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15 thoughts on “Doces e tortas alemãs há 69 anos dando água na boca em Niterói

  1. Temos a mesma idade, quer dizer, a loja e eu. Somente a lamentar não ter novas lojas, Icaraí ou aqui na RO, pois ir até o centro de Niterói somente em caso de extrema necessidade em razão da lerdeza do sistema viário. Seria muito bom ter a Alemã aqui por perto.

  2. Parabéns pela longa conquista. Foi o primeiro estabelecimento referência e deliciosas tortas. Tradicionalismo está morrendo nos dias atuais mas não perco a oportunidade de visitar sempre que vou a cidade.
    Parabéns, sucesso sempre

  3. Parabéns pelo artigo muito bem escrito, Gilson ! Fez jus ao tamanho da Alemã, legado, que meu amigo George com seu carisma e responsabilidade toca com muita competência e maestria! A cidade só ganha e, se torna mais doce com a tradição mantida pela Alemã !

  4. quanta memória afetiva! As festinhas de aniversário em família com a torta de glacê de chocolate, anos 60, como esquecer ? 😃

  5. Frequentei muito está casa ! Tortas deliciosas ! Minha mãe Maria Helena fornecia fios de ovos e chuviscos .

  6. Eu acho que na tortinha eles misturam morango com maçã e as vezes uvas, não gosto dessa mistura só deveria ser morango. Já os salgadinhos são cheio por dentro de massas e poucos recheios.

  7. Seguindo sugestão da coluna, visitei no sábado p.p., o Armazém de Minas. Além de saborear o torresmo de rolo, desgustei algumas marcas de cachaça e por fim, depois de um bate papo sobre mineiridades com o casal que dirige o estabelecimento, voltei para casa, trazendo um vidro de pequi em conservas, iguaria muito apreciada no Vale do Jequitinhonha, berço em que nasci, bem como o meu conterrâneo Jourdan Amora… valeu adica!

  8. Gilson , muito
    Obrigado pelas carinhosas palavras e continuarei me empenhando p fazer jus ! Precisamos manter nossas tradições Niteroienses ! Uma cidade , estado e país , são feitos de nossas memórias . Assim como você , que há tantos anos , faz com maestria , sua coluna , valorizando e incentivando , os vários setores de produção de nossa cidade . Forte abraço e gratidão ! George Roessler

    1. Saudades da época que saímos do Instituto de Educação de Niterói para irmos comer tortinhas da Alemã. Estive na loja no outro dia para matar as saudades e fiquei muito feliz de ver como esta a loja e,claro, comer a famosa tortinha . Parabéns por continuarem mantendo, para muitos, boas e doces lembranças!!!!

  9. Muito doces lembranças mesmo! Uma delas, eram as tortas de aniversário, tinham q ser da Alemã! Maravilhosa! Meu pai, foi tabelião substituto, do cartório q tinha nesse prédio na sobre-loja, por isso sempre ele nos trazia uns docinhos da Alemã. Além do que, estudei música no conservatório com a Elisabeth Roesseler e deu irmão… Saudades!

  10. Que lindo!! Histórias dessas que me fazem crer num mundo melhor. Conheço a família e agora na do querido George, essa tradição continua plena. Deus o guie. Parabéns amigo Gilson. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻

  11. A Alemã era a casa, onde nos deliciávamos com as sobremesas, antes ou depois, dos encontros na Leiteria Brasil, na Rua da Conceição. Se não me engano, na década de sessenta. Foi nessa época que o Gilson Monteiro debutou nos grupos de jornalistas e políticos que fizeram nome no antigo Estado Rio. Quanta saudade.

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