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Recapturado na cadeia onde está Pezão

Escrito por Gilson Monteiro às 16:26 do dia 8 de janeiro de 2019
Sobre: Fuga frustrada
08jan

Uma tentativa de fuga agitou a madrugada desta terça-feira (08/01) na Unidade Prisional da PM, onde está preso o ex-governador Luiz Fernando Pezão. Um de três detentos pulou o muro que separa aquele presídio do Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro depois de imobilizar um carcereiro na cela em que o trio estava, tomando uma escopeta com munição não letal.

Ao final, os fugitivos foram recapturados Eles simularam uma briga na cela para atrair a atenção do carcereiro, que levou uma pancada na cabeça. Um dos foragidos pulou para a prisão da PM.

Pezão, por sua vez, mesmo com a perda do foro privilegiado deverá permanecer no presídio destinado a PMs, em vez de ser mandado para a cadeia de Bangu 8, onde estão o ex-governador Sergio Cabral e o prefeito afastado de Niterói, Rodrigo Neves.

Isto porque o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou pedido da defesa de Pezão, para que ele possa permanecer preso no Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar, em Niterói, mesmo após o fim de seu mandato. A defesa apontou risco à integridade física de Pezão caso ele seja transferido para outro local

No entanto, como ex-governador, Pezão será julgado agora pela primeira instância da Justiça Federal do Rio de Janeiro, acolhendo pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), acatado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça ( STJ) Félix Fischer, que determinou o envio da denúncia movida contra Pezão para “o juízo competente”.

A decisão tinha sido tomada em 19 de dezembro, antes do recesso forense, mas foi mantida sob sigilo. Nela, o ministro afirma que os autos deveriam permanecer no STJ até o fim do mandato de Pezão e, logo em seguida, “baixados ao Juízo competente”. Com essa autorização, o corpo técnico do STJ já pode enviar o processo para a Justiça Federal do Rio, onde deve ficar com o juiz federal Marcelo Bretas, que cuida dos casos da Lava-Jato estado.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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