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Vargas Vila, o consultor dos advogados, morre aos 85 anos em Niterói

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Vargas Vila Cruvello D’Ávila, advogado por vocação, morreu aos 85 anos, na manhã desta terça-feira (12/10), defendendo seus clientes até o último suspiro. Estava internado há 12 dias no CHN por causa de um câncer no fígado. Mas honrou até o fim aqueles que lhe outorgaram procurações. Mesmo no leito do CTI ditava novas petições para serem juntadas a processos em andamento.

“Sem advogado não há justiça, sem justiça não há democracia”, cunhou Vargas Vila o lema da advocacia quando presidiu a OAB Niterói (1989-1991). Foi conselheiro estadual da Ordem dos Advogados do Brasil por muitos anos.

Foi autor da Tabela de Honorários Mínimos da OAB/RJ; da indicação que criou a Escola Superior de Advocacia da OAB/RJ. Presidiu a comissão da Ordem que elaborou o atual Estatuto da Advocacia. Propôs a criação do Protocolo Integrado da Justiça Fluminense (PROGER); da Escola de Magistratura no TJ/RJ; e da Procuradoria Geral da Defensoria Pública fluminense. Foi fundador do Clube dos Advogados de Niterói.

Desde que se formou em 1972 na Faculdade de Direito da UFF, tornou-se um estudioso das leis e jurisprudências. Era uma enciclopédia jurídica, sendo por isso consultado por muitos de seus colegas advogados, jornalistas e até magistrados em casos controvertidos da volumosa legislação brasileira.

Vargas sempre se preocupou em acionar contra atos ilegais de autoridades municipais, estaduais e federais. Lutava incansavelmente contra aumentos abusivos de tarifa praticados por concessionárias de água, luz, telefone e de pedágios. Questionava prefeituras sobre a legalidade do reajuste do IPTU, ISS e da cobrança de multas aplicadas por guardas de trânsito sem a qualificação necessária. Entrava com ações populares sem cobrar honorários.

Dono de uma inteligência rara, prestimoso e sério dignificou a advocacia. Vai fazer falta e deixar saudade ao mundo jurídico. Do primeiro casamento teve três filhos, Gustavo, Ricardo e Eduardo. Era casado em segundas núpcias com Marina Soares Cruvello D’Ávilla. A família ainda não marcou a hora do velório que deverá acontecer no Parque da Colina.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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