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TransOceânica começa a ser refeita

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A obra mal planejada da TransOceânica já começou a ser demolida e refeita no trecho 4, que vai do DPO até a rótula do Cafubá, na Avenida Paulo de Mello Kale, na Região Oceânica de Niterói. Operários da Constran estão quebrando, na manhã desta quarta-feira, o piso tátil que a empreiteira havia instalado junto ao meio-fio para guiar deficientes visuais e que há mais de um mês vem gerando protestos de moradores pelas redes sociais.

TransOceânica tem primeiro acidente fatal

Esta obra de R$ 310 milhões, que os contribuintes niteroienses terão que pagar com juros e correção monetária pelos próximos 20 anos, está cheia de erros, tanto na construção das pistas seletivas para os chamados ônibus BHLS quanto pela falta de pontos de travessia para carros e pedestres ao longo de cerca de seis quilômetros. Os únicos locais previstos no projeto ficam a cerca de meio quilômetro uns dos outros.

No Cafubá, onde no sábado aconteceu o primeiro acidente fatal com a morte de um motociclista devido à falta de sinalização de trânsito, as duas únicas pistas deixadas para o trânsito em mão e contramão de carros e caminhões são estreitas, assim como a calçada entre o DPO e a esquina com a Rua Salomão Vergueiro.

Nesse trecho da Paulo de Mello Kale, possivelmente para não perder a viagem (nem o faturamento) a Constram, do empreiteiro Ricardo Pessoa (réu da Operação Lava-Jato que cumpre prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica), descumpriu a norma técnica da ABNT, a NBR 9050/2004.

Além de não seguir a norma técnica, a empreiteira cometeu o absurdo de instalar o piso tátil junto ao meio-fio, o que poderia causar a queda de um deficiente visual. O projeto não considerou sequer os padrões mínimos para a largura da própria calçada.

Piso de granito

Além da TransOceânica, outra obra que a prefeitura de Niterói também teve que mandar ser refeita, foi a do primeiro trecho da reurbanização da Rua Moreira César, em Icaraí, entre as ruas Miguel de Frias e Álvares de Azevedo, onde o piso tátil estava com trincas, assim como as pedras de granito que foram instaladas na calçada.

Parada desde fevereiro, essa obra de revitalização da Moreira César, recebeu no dia 24 de junho um repasse de R$ 376 mil do Ministério das Cidades. O projeto faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que aprovou a transferência de recursos federais no total de R$ 3,2 milhões à prefeitura de Niterói.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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