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Tapume do Cine Icaraí cai de novo revelando descaso da dupla Grael/Rodrigo

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Tapume no chão revela falta de cuidado com a coisa pública pela prefeitura de Niterói

Mais uma vez caiu o tapume que veda a entrada do antigo Cine Icaraí. Moradores vizinhos reclamam do descaso com a coisa pública dispensado de Norte a Sul da cidade pela administração de Niterói, a cargo da dupla Axel/Rodrigo. Fechado desde 2006, mas alvo de transações imobiliárias entre a prefeitura, uma construtora e a Universidade Federal Fluminense (UFF), o que deveria ser um espaço cultural virou, faz tempo, latrina de moradores de rua e esconderijo de cracudos.

O tapume caiu na madrugada desta quinta-feira (18). Somente à tarde apareceu uma equipe da prefeitura para fazer o remendo de sempre, pregando as placas de alumínio. Há mais de duas semanas, a prefeitura vem sendo alertada pelos síndicos vizinhos de que estava caindo reboco da fachada. A providência tomada foi a de apenas interditar a calçada com uma fita amarela, deixando cadeirantes e mães com carrinhos de bebê andando no meio da rua.

Os síndicos de trechos da Avenida Alberto Torres e da Rua Álvares de Azevedo estão formando uma comissão para cobrar providências do município. Apontam a gravidade da situação que o abandono do antigo cinema provoca na vizinhança, como a insegurança para quem necessita transitar por aquele movimentado trecho de Icaraí.

Todo mundo condena a conivência da UFF, considerada a inteligência da cidade, uma instituição centenária e respeitada, com a administração da prefeitura, o que vem sendo alvo de repetidas investigações do Ministério Público estadual.

A obra de restauração do Cinema Icaraí é um imbróglio danado. O imóvel que foi comprado pela UFF, depois cedido para a Prefeitura de Niterói, envolve cifras milionárias. O projeto de restauro e transformação do espaço em um centro cultural está sendo questionado pelo Tribunal de Contas do Estado, que aponta superfaturamento nas propostas apresentadas pela Emusa para a realização da reforma.

Seria de suma importância para Niterói se a UFF participasse de parcerias com a prefeitura nas áreas de mobilidade urbana, educação, transporte e saúde, inclusive com a abertura da emergência do Antônio Pedro, cujo prédio do hospital foi cedido para a universidade com a condição de manter também um pronto-socorro.

A prefeitura agora tem repassado dinheiro para a UFF, que já recebe milhões do MEC, como os R$ 20 milhões destinados à universidade para a conclusão do prédio do Instituto de Arte Comunicação e Cinema, no Campus do Gragoatá. Outros milhões também estão sendo entregues pela prefeitura à UFF para a execução de projetos que não trazem nenhum retorno ou benefício para a população nem para a cidade. Com sua Reitoria instalada no prédio do antigo Cassino Icarahy, pelo jeito agora o jogo é o do interesse político.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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