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Sobra sinal na inacabada Transoceânica

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A instalação mal planejada de semáforos na Estrada Francisco da Cruz Nunes vai tornar ainda mais caótico trânsito da Região Oceânica de Niterói. Na rotatória para acesso à Avenida Central, em frente à Padaria Versailles, foram colocados três sinais luminosos. O dia em que forem ligados vai ser o caos total. O motorista somente conseguirá ver um dos semáforos que fica em uma curva quando estiver atropelando alguém.

A obra da Transoceânica, que deveria ser um corredor expresso para ônibus ligando o Engenho do Mato, na Região Oceânica, a Charitas, na Zona Sul de Niterói, continua somando cada vez mais erros que prejudicam o comércio e a população local, como a instalação de pontos de ônibus a meio quilômetro de distância um do outro, diminuição das áreas de estacionamento para o comércio local e a derrubada indiscriminada de árvores.

Contratada por R$ 320 milhões obtidos em empréstimo da Caixa Econômica para serem pagos em vinte anos, a obra interminável já passa hoje dos R$ 400 milhões. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) já identificou superfaturamento de R$ 11,5 milhões, e esta semana o Ministério Público estadual instaurou inquérito civil contra a prefeitura de Niterói e o Consórcio Transoceânico (que explora linhas de ônibus na Região Oceânica) para apurar irregularidades na compra de 50 ônibus elétricos pela municipalidade.

Depois de as empresas alegarem dificuldades financeiras para implantar o sistema de ônibus BHS (sigla em inglês para ônibus de serviço de alto nível) ligando Itaipu a Charitas pela mal planejada Transoceânica, o prefeito Rodrigo Neves anunciou a compra pelo município dos ônibus elétricos para cedê-los sem nenhum ônus ao concessionário do transporte público.

Das treze estações de BHS para atender a cinco linhas de ônibus da Região Oceânica, somente duas estão prontas e sem uso, as do Engenho do Mato e de Charitas. As demais ainda dependem de um processo de licitação que vem sendo seguidamente questionado pelo TCE.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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