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O PT sequestrou a identidade de Niterói

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Niterói não se reconhece mais. Desde que o PT tomou a prefeitura da cidade, você anda nas ruas de todos os bairros e dificilmente encontra um conhecido. Vivíamos numa cidade generosa, bem humorada, receptiva que se tornou uma aldeia amarga, mau humorada, desumana, fria. A cara do PT.

O verdadeiro niteroiense, aquele que elegeu Niterói para viver, percebe que muitos elementos estranhos foram despejados na rotina da cidade. Uma cidade que está imunda 24 horas por dia, as calçadas esburacadas ou, quando muito, pessimamente remendadas.

Por exemplo, o PT que desgoverna a cidade instituiu a ditadura dos reboques por três motivos claros: 1 – faturar; 2 – faturar; 3 – faturar. Hoje o cidadão para seu carro num lugar ermo, fim de semana, e do lugar nenhum surge o achaque simbolizado por reboques sedentos por dinheiro que carregam o carro do contribuinte para um depósito obrigando-o a pagar pela diária, pelo reboque e pela multa. Grana, grana, grana. Essa é a palavra mágica do PT. Essa é a nova identidade que o PT quer dar a Niterói.

Invadida pela bandidagem expulsa do Rio pelas UPPs, já que o PT que manda em Niterói é insignificante aos olhos do governo do estado, a cidade está no alto no ranking de assassinatos, assaltos, insegurança pública.

Para agravar o evidente caos social que tomou Niterói (se alguém apontar uma marquise sem mendigo embaixo que atire a primeira pedra), o PT, através da sua prefeitura, sem consultar um único contribuinte, decidiu estuprar a Região Oceânica despejando lá dois projetos bilionários que são a fina flor da truculência urbanística: o BRT e o túnel da Transoceânica.

Sem dar a Região Oceânica o mínimo de infraestrutura (a RO continua a mesma roça de sempre) o PT vai desovar milhares de pessoas de ônibus e de carro. Consequências? Que se danem as consequências. O PT quer que Niterói se dane, como quer que o Brasil vá para a tumba, como mostra o noticiário nacional.

O pior é a certeza dos petistas que (des) mandam na cidade de que serão reeleitos em outubro. Será?

Luiz Antonio Mello

Jornalista, radialista e escritor, fundador da rádio Fluminense FM (A Maldita). Trabalhou na Rádio e no Jornal do Brasil, no Pasquim, Movimento, Estadão e O Fluminense, além das rádios Manchete e Band News. É consultor e produtor da Rádio Cult FM. Profissional eclético e autor de vários livros sobre a história do rádio e do rock and roll.

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