Quando se fala que tem sempre um representante da terra de Araribóia, em todos os cantos do mundo não é exagero. Um grupo de 40 niteroienses esteve, na semana passada, no Deserto do Atacama, no Chile. Eram da Turma do Quadrijet, criada há dez anos. Divididos em dois grupos, pilotaram 20 Mavericks K3, de 1.200 cilindradas, percorrendo a área mais árida do mundo, subindo e descendo dunas em locais com altitudes que variam de 2.400 metros a 5.000 metros.
Vestidos com casaco corta vento — porque o tempo muda constantemente –, gorro, luva, cachecol, óculos escuros e botas de trekking, sobreviveram à aventura no deserto, sem nenhum percalço, não envergonhando a tribo do cacique guerreiro.
Depois de passarem cinco dias no deserto percorrendo trilhas, a aventura prosseguiu por mais cinco dias sem o grupo poder sair do Novo Hotel, em Santiago do Chile. Vigiados por policiais do país que enfrenta grandes manifestações populares, os niteroienses não podiam colocar os pés na rua. O comércio todo estava fechado e os voos cancelados.
Claudio Buzin contou que a caravana partiu da Bahia Inglesa, na região do Atacama. Conhecida por suas areias brancas e águas mornas e de cor turquesa, a localidade que abriga apenas 165 habitantes dispõe de uma rede hoteleira com conforto e qualidade.
A Turma do Quadrijet passou por muitos obstáculos até chegar a Copiapó, região próspera, com seus arredores cercados de uma grande riqueza mineral. Conheceram San José, onde 33 trabalhadores ficaram 69 dias soterrados em uma mina de 688 metros de profundidade.
– Agora, só nos resta contar toda a aventura, o que vimos e passamos naquele cenário indescritível e cheio de obstáculos, pensando na programação de 2020 — diz Claudio Buzin.