Nascido em Campos dos Goytacazes, veio garoto para Niterói. Estudou no Colégio Brasil e no Instituto de Educação, formando-se depois em Sociologia e Direito. Foi professor da Escola do Estado Maior do Exército e da Fundação Getúlio Vargas, com 15 livros publicados.
Ingressou em 1947 na política pelas mãos do comandante Amaral Peixoto, interventor do Estado do Rio. Sua vida foi dedicada à política, desde a eleição a deputado Estadual até deixar o Senado Federal em 1979.
Era chamado como o senador do povo. Somou 12 anos de mandatos na Assembleia Legislativa, 4 na Câmara e 16 no Senado Federal, apresentando inúmeros projetos relevantes nas três casas legislativas.
Com uma memória prodigiosa, era conhecido pelo enorme e grosso bigode, tratado pelo barbeiro Moises. Entre as baforadas do seu inseparável charuto e com irresistível carisma, chegava nas mais longínquas bibocas, cumprimentando as pessoas pelo nome. Por isso, acabou sendo o político com o maior número de afilhados de batismo no território fluminense.
Tinha dois motoristas, José Luiz, um negro simpático, e João Batista, o Cabo, prontos Para as constantes viagens ao interior. Visitava os municípios principalmente nos seus aniversários. Através do programa radiofônico A Voz do Brasil, enaltecia as cidades em festa, não se esquecendo de citar os nomes das figuras importantes de cada uma delas.
Casado com dona Carlota Paz, de tradicional família portuguesa, era ela quem pacientemente preparava o cozido ou a feijoada que Vasconcelos Torres oferecia a jornalistas políticos em sua casa. As reuniões não tinham hora para começar nem acabar. E algumas vezes interrompiam o almoço dos filhos João Batista, Cristina, Clara e Rosalvo.
As comemorações pelo centenário do senador Vasconcelos Torres, vão ocorrer durante o ano. Começam dia 2 de abril, as 11h, com missa na paróquia de São Francisco Xavier. Às 16h, haverá uma homenagem na Academia Fluminense de Letras. À noite, às 19h30m, sessão solene na Câmara de Vereadores.
No dia 8 de julho será feito o lançamento, no Senado Federal, de livro com a biografia do senador.
Em dezembro, a UFF comemora 60 anos lembrando também de Vasconcelos Torres, autor da lei que federalizou a universidade.
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