Policiais civis cumprem hoje (24/09) 23 mandados de prisão preventiva contra acusados de integrar três milícias que atuam em São Gonçalo e Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A ação, que conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, também cumpre 52 mandados de busca e apreensão.
Até o meio-dia, 19 pessoas foram presas segundo a Polícia Civil. Os grupos de milicianos são acusados de extorquir moradores e comerciantes de comunidades e de explorar ilegalmente serviços de transporte e de tv a cabo, além de praticar homicídios nas duas cidades, como o que a polícia investigava desde março, quando cinco jovens foram mortos no conjunto Minha Casa, Minha Vida, em Maricá.
Segundo policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, as quadrilhas assumiam o controle de comunidades antes controladas pelo tráfico de drogas e prometiam levar paz aos comerciantes e moradores.
Assim que passavam a controlar o território, cobravam uma taxa de segurança que podia chegar a R$ 12 mil, pagos por estabelecimentos comerciais. Além disso, eles exploravam ilegalmente os serviços de distribuição de gás de botijão e de TV a cabo clandestina.
De acordo com o Ministério Público, uma das quadrilhas atuava nas comunidades do Engenho Pequeno, Zumbi e adjacências, em São Gonçalo; a segunda comandava os bairros de Porto Velho, Porto Novo, Pontal e arredores, também em São Gonçalo; e a terceira dominava os bairros de Itaipuaçu e Inoã, em Maricá.
A arrecadação das quadrilhas chegava a R$ 1,2 milhão por ano. Ao chegarem em Itaboraí, município vizinho de São Gonçalo e Maricá, para prender um dos integrantes do bando, policiais foram recebidos a tiros e houve um intenso confronto. Ainda não há informações de feridos.