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Coluna do LAM

A miséria humana nas ruas de Niterói

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Apesar dos R$ 16,5 milhões de orçamento para este ano de um placebo chamado Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, feudo do PT, a miséria humana nas ruas de Niterói é revoltante, chocante e ultrapassa os limites dos direitos humanos. Como nunca antes na história da cidade, hordas de pessoas famintas, viciadas e doentes ocupam as ruas e avenidas onde são desprezadas pela prefeitura petista. São centenas de pessoas que em sua maioria vieram da Baixada Fluminense, periferia do Rio, São Gonçalo, Itaboraí e adjacências.

A população de Niterói, pagadora de impostos caríssimos, indignada com toda a razão, espera que o Ministério Público e outras instituições obriguem as autoridades municipais a tomar providências ou ao menos procurar saber o que é feito com esses R$ 16,5 milhões.

A desumanidade não é novidade no modus operandi da prefeitura petista de Niterói. Muito menos a arrogância e a falta de consideração. Na contramão do niteroiense que já não suporta mais assistir a cenas grotescas como gente viciada em crack perambulando pela cidade, principalmente em Icaraí. No posto de gasolina Shell situado na avenida Roberto Silveira, esquina com Domingues de Sá, menores maltrapilhos e agressivos viram a noite pedindo dinheiro aos clientes da loja de conveniência.

Uma noite dessas, uma menor com os olhos inchados de tanta pancada, visivelmente agressiva, começou a molestar as pessoas e uma delas ligou para a PM. Uma patrulha falou e o PM, solícito, explicou que “são menores, não podemos fazer nada. É uma atribuição da prefeitura, da área de assistência social”. E foi embora.

Em frente a agência da Caixa Econômica Federal da rua Gavião Peixoto, altura do Campo de São Bento, mendigos ocupam a fachada com cachorros também mal tratados, cheios de doenças de pele. Com medo, ninguém chega perto. O mesmo ocorre em outras agências da CEF. Na agência do Cafubá, sábado passado à tarde, não havia segurança. Batemos no vidro, chamamos e ninguém apareceu. A noite, os mendigos dormem em frente ao banco.

Na CEF da avenida Rui Barbosa, em São Francisco, mendigos se misturam a bandidos. E dominam também o outro lado da avenida, onde há uma agência bancária privada e uma padaria na outra quadra. Na rua Álvares de Azevedo, ao lado do McDonald’s, uma família passa os dias na calçada, mendigando, enquanto em todos os sinais de Icaraí eles vendem de tudo.

Em Icaraí, além dos mendigos, marginais tem se disfarçado de vendedores de balas empurrando os produtos para pedestres. Quem não vende balas é “promovido” à condição de flanelinha extorquindo os motoristas. Curiosa a prefeitura petista. Em Icaraí, entregou o praticamente todas as vagas para os taxistas (dão votos) e para os flanelinhas oficiais e clandestinos. A guarda municipal e seus 600 paquidérmicos agentes poderia amenizar, mas além de receber os contracheques no final do mês essa guarda não faz nada.

E os abrigos da prefeitura para acolher humanamente os miseráveis? Disseram que estão em péssimo estado, mas mesmo com os R$ 16,5 milhões do orçamento da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos não dá para recuperar? R$ 16,5 milhões é muito dinheiro.

Fato é que os miseráveis soltos pela cidade, alguns arrogantes e agressivos, estão testando os limites de uma população pagadora de impostos que não suporta mais tanta incompetência, desleixo, a desumanidade da prefeitura petista. Com razão, a paciência acabou. Com razão, os miseráveis sofrem cada vez mais. E a quantidade cresce dia após dia sem que os políticos se manifestem.

É isso que a prefeitura petista chama de cidade humana?

Luiz Antonio Mello

Jornalista, radialista e escritor, fundador da rádio Fluminense FM (A Maldita). Trabalhou na Rádio e no Jornal do Brasil, no Pasquim, Movimento, Estadão e O Fluminense, além das rádios Manchete e Band News. É consultor e produtor da Rádio Cult FM. Profissional eclético e autor de vários livros sobre a história do rádio e do rock and roll.

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