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Marcos Flávio celebra 80 anos com festa histórica no berço do futebol brasileiro

Escrito por Gilson Monteiro às 15:41 do dia 3 de setembro de 2025
Sobre: No clube dos ingleses
  • Aniversario de Marcos Flavio, Niterói
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Roberto Nolasco, Marcos Flavio. Jorge Bellas, Comte Bittencourt e o desembargador Custódio Tostes no concorrido aniversário

Foi feriado no Rio Cricket ontem para a comemoração, dia e noite, dos 80 anos de Marcos Flávio Cortes, que presidiu por 18 vezes o clube fundado há 153 anos pelos ingleses em Niterói. No berço do futebol brasileiro, formou-se fila para o abraço ao aniversariante durante um churrasco, com leitão à pururuca e muito chope, animado por um show de pagode.

Marcos lembra que, aos 26 anos de idade, foi convidado a jogar futebol contra o time do Rio Cricket e a tornar-se sócio do clube. Ao fim da partida, depois do banho no vestiário, enrolou a camisa e a chuteira numa toalha e, inadvertidamente, colocou o embrulho sobre a grande mesa redonda onde se sentavam os diretores britânicos. Por causa disso, teve seu nome vetado. Mais adiante, após ser advertido de que, sobre a mesa, só podem ser colocadas comidas e bebidas, foi finalmente aceito como sócio.

Marcos Flávio gosta tanto do Rio Cricket que fez dele sua segunda casa. Há 53 anos, senta-se à mesa de 12 lugares, colocada na varanda com vista panorâmica para o gramado. Desde o pito do lorde diretor, tornou-se um guardião da etiqueta, observando que, sobre a mesa, o único objeto permitido além de pratos, copos e talheres é o celular.

Com o passar dos anos, a frequência do bar foi mudando de nacionalidade, e os hábitos também se transformaram aos poucos. Os garçons, que no passado serviam uísque — a bebida preferida do Reino Unido — agora levam cerveja na bandeja, a terceira bebida mais popular do mundo.

Quando Marcos Flávio, auditor fiscal aposentado do Estado do Rio, se senta à tradicional mesa, os outros onze lugares são logo ocupados. Sócios se revezam o dia inteiro, nos fins de semana, com o bate-papo correndo solto, sem hora para terminar.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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