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MAC: a fachada era vidro e se quebrou

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A troca de grades de ferro por painéis de vidro durou apenas cinco meses na fachada do Museu de Arte Contemporânea (MAC) em Niterói. O serviço contratado pela Fundação de Artes de Niterói (FAN) à empresa individual Monobloco Construção custou R$ 1,3 milhão.

Esse serviço demorou seis meses para ser executado, mas o vidro não resistiu a uma ventania de poucos minutos na semana passada e se estilhaçou em dois dos vinte painéis. A única providência da FAN até agora foi colocar algumas fitas de “interditado”.

Projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado há 20 anos, o MAC logo se tornou um símbolo da cidade e uma das maravilhas da arquitetura mundial.

No atual governo municipal, porém, com a manutenção deixada de lado, o museu foi fechado em fevereiro de 2015 devido a goteiras no teto, carpetes mofados e falta de condições para abrigar o acervo de João Satamini, o colecionador que emprestou 1.400 de suas peças para o MAC expor permanentemente e chegou a ameaçar romper o comodato com a prefeitura de Niterói.

A reforma do MAC somente foi dada como concluída em junho deste ano, tendo sido investidos R$ 6 milhões da prefeitura e R$ 1 milhão do governo federal. Desse total, quase 20% foram gastos para trocar as grades de ferro por painéis de vidro na fachada. O restante se aplicou na impermeabilização da cobertura do prédio; limpeza e pintura da fachada e da rampa; troca de carpete dos salões expositivos (conforme indicado pelo IPHAN); reforma dos banheiros; uma nova recepção e loja; nova iluminação em LED para o espelho d’água, prédio e entorno da praça, com projeto do Peter Gasper; e nova sinalização interna trilíngue.

Por sua vez, os vidros do prédio do MAC, instalados na obra em 1996, pelo então prefeito João Sampaio, foram fabricados com exclusividade para o projeto de Niemeyer. São 70 lâminas triplex, com 18 milímetros de espessura. Superresistentes, suportam peso equivalente a 20 pessoas e a ventos de até 200 quilômetros por hora.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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