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Luiz de Albuquerque lança na Travessa Niterói seu 11° livro, aos 93 anos

Escrito por Gilson Monteiro às 09:52 do dia 23 de setembro de 2022
Sobre: Poemas de amor
23set
Luiz de Albuquerque (dir.) com os filhos Maurício, Abelardo e Gilson

O sempre lembrado mestre de geografia do Centro Educacional de Niterói e da UFF, Luiz Carlos de Albuquerque Santos, 93 anos, vai lançar e autografar “O nome da Flor”, seu 11° livro, o terceiro de poesias. Editado pela Nitpress, terá noite de autógrafos, terça-feira (27/09), às 18h, na Livraria da Travessa, em Icaraí.

“O Nome da Flor” não é apenas um marco da longevidade e da vitalidade do poeta, mas celebra aquela que o estimulou a pôr no papel seu talento, quando ele já era um sexagenário: sua segunda mulher, Irma, a quem o livro é dedicado, “em paz, onde estiver”, conforme escreveu.

Espirituosa, profunda, irônica, soturna, a obra reúne fragmentos de vida, colhidos das observações do autor sobre episódios pessoais ou sociais. Sua motivação, no entanto, é o amor. Luiz de Albuquerque não busca interpretá-lo, apenas o aceita e o brinda, em seus versos, ao adotar a perspectiva daquele que enxerga e revela a pessoa amada, em um diálogo que pode ser interpretado como sendo com o leitor ou com quem o inspirou. Um bom exemplo é o poema “Elegância”, outro é o que dá nome ao livro.

Luiz de Albuquerque tem uma bonita história de vida, desde quando deixou Santa Maria Madalena, aos cinco anos de idade. A família, vitimada pela epidemia da tuberculose foi se tratar em Petrópolis, enquanto ele foi morar com a tia Sinhá, em Nilópolis.

Aluno aplicado ingressou cedo na carreira militar como oficial da Marinha, mas com real inclinação para o magistério, logo realizou seu sonho como professor nas Escolas Naval e Superior de Guerra, Universidade Federal Fluminense e Centro Educacional de Niterói.  Neste teve como alunos o consagrado jornalista Ricardo Boechat e o ex-prefeito de Niterói Jorge Roberto Silveira, além de uma geração de jovens formados no colégio dirigido pela competente e incansável Myrthes Wenzel.

Luiz de Albuquerque, imortal da Academia Fluminense de Letras, diz que a vocação de romancista e poeta surgiu mais tarde, quando “já fazia parte da coleção outono inverno”. A partir daí não parou mais e publicou os romances: O futuro do passado; Encontro de Paralelas; A sombra colorida; A transparência zelada; No inverno, talvez…; As cunhadas; Peregrino e A saga de Valquíria, além dos livros de poesias Sinfonia para piano solo; O caderno de Nize e agora O nome da flor.

Casou-se aos 20 anos com a professora e pedagoga do Centro Educacional Vera Reis, de Natividade, também do interior fluminense. Tiveram três filhos: o economista e advogado Mauricio, e os médicos Gilson e Luís Abelardo Reis Santos, este diretor-médico do Niterói D’Or.

Figura lendária como Luiz Carlos de Albuquerque Santos, que só deu boas lições e exemplos a vida toda, que o Norte Fluminense mandou de mão beijada, a gente só encontra na terra do cacique Arariboia.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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