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Getulinho troca cirurgiões de Niterói por contratados pela OS Ideias

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Cirurgiões estatutários estão sendo trocados por médicos contratados no Getulinho

Cirurgiões concursados estão sendo trocados por profissionais contratados com salários três vezes maiores para atuar no Hospital Infantil Getúlio Vargas Filho, o Getulinho. Desde 2018, ele é gerido pela organização social Ideias. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Niterói não explica por que está aceitando a troca de sua equipe médica experiente por novos profissionais contratados pela Ideias.

Pelo contrato da Ideias com a FMS, a gestora somente poderia contratar serviços de terceiros para atividades meramente acessórias. Os médicos estatutários estão cedidos à Ideias e, inclusive, a FMS abate o salário desses profissionais do que paga à organização social.

A Ideias, no entanto, está contratando médicos por R$ 13.836,60 mais benefícios, enquanto os cinco cirurgiões e dois anestesistas do quadro próprio da FMS custam, em média, R$ 4 mil mensais, cada um. Eles realizavam cerca de 850 cirurgias pediátricas e duas mil consultas por ano. Dizem que, aos poucos, a direção do Getulinho foi lhes tirando os pacientes e entregando-os aos médicos contratados pela organização social.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) já foi comunicado pelos médicos que estão sendo afastados do Getulinho. Vai investigar o que estaria motivando a contratação de profissionais fora dos quadros públicos de Niterói, pagando acima da tabela de vencimento dos estatutários.

O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, certamente deverá ter resposta para esse questionamento, uma vez que antes de assumir a pasta foi diretor do Getulinho, ele próprio como contratado da organização social Ideias. Elaine Machado Lopes, atual diretora do Getulinho, era vice de Rodrigo. Assumiu a direção do hospital com a nomeação dele como Secretário de Saúde de Niterói. A FMS paga R$ 50,9 milhões por ano a Ideias, em parcelas mensais de R$ 4.248.591,01, usando os royalties recebidos por Niterói pela exploração do petróleo.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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