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Funerárias lucram com fim da venda de ataúdes pela Prefeitura de Niterói

Escrito por Gilson Monteiro às 16:15 do dia 2 de março de 2020
Sobre: Assombroso
  • Funerária de Niterói parcela funerais em seis vezes
02mar
Funerária de Niterói parcela enterros em seis vezes

Funerária parcela enterros em seis vezes

Todo mundo ridicularizava o prefeito Odorico Paraguaçu, da novela O Bem Amado, que construiu um cemitério em Sucupira, mas não conseguia um defunto sequer para inaugurar a obra.  Em Niterói acontece o contrário. O prefeito Rodrigo Neves acabou com um serviço de utilidade pública do município, que era a venda de caixões a preço de custo. A família podia escolher o ataúde do mais comum ao mais sofisticado. Agora, só comprando em funerárias particulares.

Antes, para fazer um sepultamento não precisava de intermediário. Tudo era tratado no Cemitério do Maruí. Com a nova sistemática adotada pelas Prefeitura de Niterói, que entregou tudo nas mãos dos papa-defuntos, os niteroienses ficaram sujeitos à tabela praticada por esses agentes funerários.

O negócio parece ser bom, já que é concorrido. Funerárias estão abrindo lojas próximas aos hospitais da cidade, como na Marquês do Paraná, entre o Antônio Pedro e o Icaraí; na Dr. Celestino, perto do HCN; e na Mário Viana, nas proximidades do Santa Martha.

Pela hora da morte

O caixão mais barato custa R$ 2.800,00; o mais caro, R$ 8.500,00. As funerárias aceitam o pagamento no cartão em até seis meses, sem juros.  Também oferecem o “Pós-Vida Niterói”, plano de assistência funeral, sujeito à carência e com mensalidade de acordo com a idade do futuro de cujus.

Sepulturas abertas e quebradas no cemitério de Charitas, cheio de mato

Sepulturas abertas e quebradas no cemitério de Charitas, cheio de mato

Se a família optar pelo Cemitério Parque da Colina (particular), somente a sepultura custará R$ 24.361,60. Se preferir a cremação do corpo, o custo do serviço funerário é de R$ 3.800,00, fora as despesas com aluguel da capela para o velório.

Outro fato assombroso é que o Serviço Funerário e os cemitérios municipais sempre foram ligados a Secretaria de Saúde, mas Rodrigo Neves passou-os primeiramente para a Secretaria Executiva e agora para a Secretaria de Obras. Nelas esteve na primeira e está à frente na segunda o espírito empreendedor de Vítor Júnior, que enterrou R$ 1,4 milhão em obras no Cemitério do Maruí, que não aparecem à vista.

O cemitério São Francisco Xavier está em péssimo estado. Sepulturas abertas e quebradas e o mato tomando conta (foto) formam um cenário macabro. No cemitério municipal de Itaipu, nem sempre há coveiros para realizar sepultamentos, e o quadro de completo abandono não é diferente de Charitas.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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5 thoughts on “Funerárias lucram com fim da venda de ataúdes pela Prefeitura de Niterói

  1. CARTA ABERTA AO RESPONSÁVEL PELA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE NITERÓI

    Excelentíssimo Sr. Deputado
    Professor Waldeck Carneiro

    Reiteramos o nosso apoio irrestrito à sua administração na Educação Municipal de Niterói representado na FME pelo Dr. Bruno Ribeiro e na SMECT pela professora Flávia Monteiro.

    São inegáveis os avanços e as conquistas dessa equipe que o representa na Educação do Município de Niterói, o que motiva ainda mais o dia-a-dia dos profissionais comprometidos com a educação de qualidade na Rede Municipal de Ensino de Niterói, seja na esfera administrativa, pedagógica ou jurídica. Estamos juntos e juntos continuaremos para o bem do ensino de qualidade ministrado na Rede Municipal de Educação de Niterói.

    Bem, na contramão de todo o nosso elevado ânimo e otimismo com os avanços e conquistas mencionadas está a nossa decepção com o descaso ao nosso direito à incorporação conforme previsto na Lei 1.164/1993 e bem como na Lei 3.251/2016. Por que os servidores da Fundação Municipal de Saúde têm o seu direito reconhecido e os da FME não? Por que o processo 210/4998/2018 o qual contempla todos os servidores ativos e inativos da FME com a incorporação e que está devidamente instruído continua parado no gabinete da Presidência da FME desde de 05/12/2019 ?
    Por que essas pessoas da FME foram contempladas em 03/12/2015 e nós continuamos esperando???Proc. 210000050/2015 (NADIA LOPES DA SILVA);Proc. 210002562/2015(REGINA DE ALMEIDA DUTRA);Proc. 210002655/2015 (ROSSANA PAULA GOMES DE SOUZA); Proc. 210000806/2015 (ELIZABETH TEIXEIRA PEREIRA DONNOLA);Proc. 210003188/2015 (IVELISE MARTINS TEIXEIRA);Proc. 210001629/2015 ( MARIA CRISTINA BITTENCOURT);

    Na certeza de podermos contar com a sua atenção e consideração aguardamos a sua valiosa intervenção para a solução desse impasse indigesto impasse.

    Servidores da FME com direito à Incorporação-Processo 210/4998/2018
    Base Legal : Lei 1.164/1993 e 3.251/206

  2. A melhor coisa é que eles experimentem o serviço funerário, assim vão tomar do próprio veneno ( literalmente).

  3. Estão lucrando até com a morte. Secretaria de Obras? Secretário? Não dá nem pra morrer.

  4. Alguém está levando vantagem com esta decisão. Será o prefeito? Ou será alguém do secretariado. Isto aconteceu no Rio de Janeiro e ultrapassou a barreira para a nossa cidade.
    Sabe quem paga o pato? A população, sempre ela.

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