Um ano de falecimento do monsenhor Elidio Robaina será lembrado pelos amigos e saudosos fiéis, em missa hoje, segunda-feira (26), às 19h, na Igreja de São Lucas, em Icaraí. Apesar de ele ter dedicado toda sua vida sacerdotal por 58 anos à cidade, foi esquecido pelas autoridades municipais de Niterói, que não lhe renderam nenhuma homenagem oficial até hoje.
Sua bonita história de vida começa na década de 60, quando veio de Bom Jesus do Itabapoana para o Seminário São José, em Niterói. Ali já iniciava seu trabalho social para os mais necessitados, só interrompido aos 90 anos com sua morte.
A vocação evangelizadora de monsenhor Elidio era nata. Ordenado padre em 1964, foi um sacerdote incansável no seu ofício de celebrar missas, casamentos, batizados e atender aos pedidos para confortar doentes em casas e hospitais.
Foi considerado o maior obreiro da Arquidiocese Metropolitana de Niterói, deixando sua marca de bondade nas igrejas Nossa Senhora das Dores, São Lourenço, São Domingos, São Lucas e muitas outras, construindo ou reformando templos, além de erguer prédios para creches, escolas e para o serviço social.
A Coluna é testemunha da sua preocupação no inverno, fazendo campanha para agasalhar o maior número de gente com cobertores; distribuir cestas básicas para moradores de comunidades; entregar enxovais de bebês para as grávidas das comunidades.
Quando chegava o Natal, monsenhor Elidio enchia os bancos da igreja com alimentos para ceia natalina, além de não esquecer dos presentes das crianças. O seu espírito humanitário e evangelizador deveria servir de exemplo e ser seguido por todos os sacerdotes.
Dom Elidio foi esquecido pelas “otoridades” municipais, e até pela própria Igreja. Foi fundamental na catequese de milhares de crianças, no acolhimento aos mais necessitados, e principalmente, na alegria de evangelizar com amor.
Monsenhor Elidio Robaina, uma vocação, uma obra , um evangelizador e um ser humano generoso, que seus fiéis guardam nos corações, penso que a Diocese niteroinse e as autoridades municipais poderiam e deveriam prestam homenagem e registrar em nossa cidade um monumento, nomear uma praça, uma avenida seria um gesto de gratidão por aquele que tanto fez para nossa população.
Grande monsenhor !
Foi ele que celebrou o meu casamento em 1984, além de ser meu conterrâneo !