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Fakesbook defendem Rodrigo na internet

Escrito por Gilson Monteiro às 11:13 do dia 25 de agosto de 2017
Sobre: Patrulha virtual
25ago

Perfis fakes da patrulha virtual que atua em favor do prefeito de Niterói

Para monitorar e patrulhar as opiniões contrárias a Rodrigo Neves, a prefeitura de Niterói gasta dinheiro público com funcionários comissionados que têm a função de atuar nas redes sociais cuidando para que o prefeito tenha sempre uma imagem narcisa, em que não pareça feia.

Esse pessoal atua usando também perfis fake (falsos) nas redes sociais para defender com unhas e dentes, e até ofender quem aponte erros na gestão do prefeito que era petista e hoje se abriga no PV, sonhando em ser governador do Estado falido do Rio.

Não faltam exemplos. Mostro três desses fakes para o leitor sentir como funciona a democracia do Grande Irmão orwelliano. Pietra Meirelles, cuja foto de perfil também circula na internet como sendo de Sabina Sabi, Evelin Marola, Ludmila Garcia e centenas de outros nomes (confira clicando aqui), é um desses fakes.

A tropa de choque das mídias sociais conta ainda com Patrícia Rodrigues (clique aqui para ver os mais diversos perfis que utilizam essa foto, desde a China até o Brasil); e a fakebook Renata Alana (veja aqui). Estão entre os muitos personagens falsos criados para defender o prefeito.

Praticam o “duplipensar”, que na criação de George Orwell, no livro “1984”, é definido como “o poder de contar mentiras deliberadas e ao mesmo tempo acreditar genuinamente nelas, esquecendo qualquer fato que tenha se tornado inconveniente”.

Há cerca de cinco anos o PT nacional criou o MAV – Mobilização de Ambientes Virtuais para monitorar a internet e patrulhar as redes sociais. Em Niterói, os “MAVs” integram a Coordenadoria de Mídias Sociais. A tropa de choque parte para cima de quem ousa contrariar o prefeito. Dizem ser democratas, mas desrespeitam o jornalismo independente, que não aceita participar do butim nos cofres públicos. 

Os “MAVs” do prefeito publicam suas injúrias em blogs e perfis no Twitter e no Facebook que não rezam pela cartilha oficial e ainda ofendem os leitores de quem não aceita a marquetagem eleitoreira.

P.S.: Após a publicação deste post os fakes “Patricia Rodrigues” e “Pietra Meirelles” foram deletados.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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6 thoughts on “Fakesbook defendem Rodrigo na internet

  1. Gilson: Além da sua simpatia – e empatia – com a nossa gente, talvez seja o único jornalista independente em atividade por aqui. De vez em quando dispara algumas alfinetadas consistentes e certeiras contra o personagem que comanda a cidade. Ao contrário de você, tenho certeza que ele não desfruta da simpatia da maior parte da população e muito menos demonstra empatia com os cidadãos. Aliás, é possível que ele nem saiba o que é “empatia”.

    Dentre as questões polêmicas que você focalizou, vou citar apenas duas. A lista completa não caberia nesse espaço. Mas, tomando carona no título de dois filmes, parece que ele tem uma atração fatal por ligações perigosas

    A primeira é o escândalo do Túnel Cafubá-Charitas. Além do sobrepreço e da intimidade com o empreiteiro, há ainda a desorganização do trânsito pela falta de planejamento do traçado dentro da malha viária e a degradação dos acessos, que está destruindo os veículos. .

    A outra: Ao alargar a Marquês do Pataná para acesso exclusivo a um shopping, mediante pagamento oficial, o que se configura, de fato, é a venda de parte uma via pública a empreendedores particulares. Pode até ser legal. Mas será moral?

    O que desejaria que você dissesse ao seu público: porque e como ele escapou até agora, quando, em todo o país, negócios nebulosos como esses estão desmoronando?

  2. O “duplipensar” vale pra esse texto também. Da forma que você escreve, fica entendido que isso é “culpa do petê”, que criou isso no Brasil a cinco anos atrás. Não foi o PT que trouxe isso pro Brasil, eles não foram os originais nisso. Por mais uma vez, quiseram jogar o jogo e se tornaram iguais. Mas a cartilha do jornalista é tão cara de pau que consegue usar o ‘duplipensar’ enquanto critica. Rodrigo Neves é apenas farinha do mesmo saco que Felipe Peixoto e que outros ‘jornalistas’ que se dizem independentes.

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