A Ampla agora se chama Enel, nome da multinacional dona da concessionária que distribui energia para Niterói e mais 65 cidades fluminenses. O italiano Carlo Zorzoli, presidente da Enel Brasil, já anunciou que a empresa pretende dividir ainda mais com todos os seus clientes as perdas com ‘gatos’ de luz, que somam cerca de 20% da energia fornecida, percentual que sobe a 50% nas chamadas áreas de risco.
Hoje, o consumidor arca com três quartos do total das perdas da empresa e, se a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aceitar os argumentos da Enel vai passar a pagar ainda mais por um prejuízo que ele próprio não causa nem tem como controlar.
— É a vida. Alguém tem que pagar – disse Zorzoli em entrevista à repórter Ramona Ordoñez, do jornal O Globo . E justificou, em seguida: “Como pode uma concessionária ter de arcar com custos por territórios onde não pode trabalhar? Alguém tem que arcar. O consumidor vota, ele pode mudar algo, a concessionária não vota, não pode mudar nada”.
Apesar de seus vinte anos de experiência no setor, o engenheiro elétrico italiano não mostra que a Enel pode mudar muito isto, em vez de usar a velha receita brasileira de tungar os bolsos dos consumidores/contribuintes.
A perda de energia elétrica através dos furtos na rede encontra dois principais culpados: o primeiro é o desnível social e o descontrole do Estado que praticamente criam essas terras de Marlboro onde o crime é lei imperante; o segundo é a própria empresa que há anos, sem concorrência, visa ao lucro realizando investimentos mínimos que acabam deixando sua própria rede de distribuição de energia vulnerável aos furtos.
Em Niterói, a Ampla empurrou com a barriga a obrigatoriedade legal de instalar redes subterrâneas, em substituição a postes arcaicos que enfeiam a cidade e, em alguns casos, impedem até a mobilidade das pessoas. Sem falar que a empresa os aluga a terceiros para pendurarem cabos de telefonia e de dados caotizando ainda mais a paisagem.
A distribuição de energia, que agora Zorzoli promete melhorar em cinco anos, seria mais limpa se a fiação fosse subterrânea, em vez de sujeita a ventos e temporais. O presidente da Enel diz que a empresa está trazendo “as melhores tecnologias da Europa para controle remoto da rede, na perspectiva de melhorar significativamente nos próximos anos a qualidade dos serviços”.
— Ano passado houve investimento recorde de R$ 803 milhões, e neste ano, até setembro, já investimos R$ 571 milhões – acrescentou Zorzoli.
Sobre os “gatos”, o presidente da Enel disse que está trabalhando com a Universidade Federal Fluminense (UFF) num estudo para propor um modelo diferente para definir o que é uma área de risco. Com isso, a empresa espera fazer a Aneel alterar seus parâmetros para o cálculo das perdas a serem repassadas à tarifa.
O engenheiro eletricista,Carlo Zorzoli presidente da ENEL BRASIL,representante da estatal italiana ENEL ,deveria antes de querer cobrar dos consumidores que pagam suas contas em dia os prejuízos causados por criminosos(Furto de energia é crime)deveria antes de tudo conhecer melhor a empresa que administra aqui no E.R.J.Para diminuir custos na ENEL deveria verificar quantas vezes a AMPLA,hoje ENEL,perdeu na justiça do trabalho ações,por exemplo contra a COFERJ,cooperativa dos empregados.A COFERJ NUNCA perdeu ações trabalhistas contra a ENEL.Foram muitas ações.Só neste semestre a COFERJ já conseguiu duas liminares para reconduzir dois diretores da cooperativa à Niterói,transferidos sem concordância dos mesmos,para os municípios de Magé e Petrópolis,prejudicando seus “COLABORADORES”e os trabalhos que exerciam.E os dois ao retornarem às suas áreas de trabalhos estão de”CASTIGO”,sem trabalhar,até hoje.Que MULTINACIONAL age assim?Tal atitude demonstra o despreparo dos advogados que prestam serviços à ENEL,como também,das chefias dos empregados.Gastos desnecessários,com advogados caríssimos,também oneram os custos das contas.Sem contar a desmoralização da área da advocacia da ENEL junto aos seus “COLABORADORES”.Nós mesmos já ganhamos da ENEL algumas ações trabalhistas.Conheci diversos países da Europa,inclusive a Itália,por “CONTA da ENEL.Seria bom investigar as ações dos seus subordinados.Como fica o nome da ENEL com atitudes tão vingativas?Seria de bom tamanho reavaliar esses profissionais que só perdem o dinheiro da ENEL.Quem na verdade ganha um bom dinheiro são os advogados do escritório que atende a ENEL.Bem vindo ao país das INJUSTIÇAS!!!!
A AMPLA fez investimento, a ANEL RIO fará investimento e nossa URP a empresa alega não tem dinheiro. Cadê a nossa JUSTIÇA.
Excelente iniciativa de melhorar o sistema
de distribuição. Mais investimentos vão garantir a qualidade da distribuição de energia para o consumidor final. Quanto aos gatos, trás prejuízos à todos, inclusive, quanto asegurança. Quem furta energia coloca sua vida e de seu vizinho em risco.
Isso é um abuso. Mais prova que as agências de regulamentação e fiscalização no Brasil não serve pra nada a não ser cabide de emprego para apadrinhados. Uma vergonha que vá roubar no país deles eles dizem que investem, investe uma ova várias oscilações de energia, várias causas na justiça devido a maus serviços e por colocarem pessoas despreparadas para executar alguns serviços e se existe área de risco cobre a secretaria de segurança do estado e não do consumidor.
O jeito é todos nós entrarmos na justiça…
Não vamos pagar pelo que não consumimos…
Ótima a narrativa do entrevistado. Contudo q surpreende ao não mencionar o monopólio do serviço. Surpreende ele falar de investimentos de quase 1Bi e a Ampla ser uma das cinco empresas mais processadas no Estado. O Risco do Empreendimento está na aquisição do que tem e dele melhorar o serviço sem afetar o Consumidor. Não esqueçamos que todas as perdas judiciais e operacionais são elementos que compõem suas planilhas de reajuste tarifário. Ou seja, ela paga uma indenização e cobra este pagamento no reajuste tarifário anual. Isto e, a empresa nunca perde.
Se o senhor acha que o consumidor que não tem gato tem que pagar pelos que tem porque vcs não contrastam profissionais suficiente pata atender e segurança para acompanhar os mesmo para entrar nas regiões de risco agora eu economizo minha energia e vou trabalhar para pagar para outros isso não existe é muito falta de respeito com o trabalhador e que paga sua energia em dia acho bom o senhor encontrar uma solução mais decente pois isso é ridículo acredito cada vez menos nesse país