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Empresas adiam compra de ônibus BHLS

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Os moradores da Região Oceânica ainda vão ter que esperar muito para andar em ônibus BHLS pelos 9,3 quilômetros da milionária e conturbada TransOceânica ligando o Engenho do Mato a Charitas, com doze únicos pontos de parada em estações a, no mínimo, 500 metros de distância uma da outra. A obra cheia de falhas técnicas, desde vias estreitas que vão piorar o trânsito já difícil da Região Oceânica até a falta de estacionamento que vai prejudicar o comércio local, agora se mostra ainda mais sem sentido já que todo o sacrifício não valerá um níquel para a mobilidade urbana, como se alardeara para justificar o endividamento de Niterói por 25 anos para pagar o custo que já ultrapassou os R$ 310 milhões iniciais.

O Consórcio Transoceânico (formado por empresas de ônibus da cidade) está fazendo corpo mole para encomendar os novos veículos tipo BHLS à fábrica de carrocerias Marcopolo. Esses ônibus devem ter porta dos dois lados, o que muda um pouco a sua estrutura e diminui o número de assentos. Outro argumento dos empresários para não fazer a encomenda é o de que houve queda no número de passageiros com a crise econômica, além de não estarem recebendo o pagamento do bilhete único devido pelo governo estadual. Alegam que não é hora de fazer investimento.

Se encomendassem hoje os ônibus BHLS, a Marcopolo levaria quatro meses para entrega-los às empresas do Consórcio TransOceânico.

Enfim, mais um remendo será feito no projeto midiático e milionário de Rodrigo Neves, que vai acabar autorizando a circulação dos ônibus comuns na via expressa. Isto sem falar que o catamarã de Charitas não reduziu a tarifa como o prefeito disse que conseguiria fazer e, ainda por cima, tirou as embarcações de circulação de meio dia às quatro da tarde, deixando náufraga a TransOceânica. Sem os catamarãs, os carros que estacionariam na garagem subterrânea de Charitas (em obra demorada) vão estender o percurso até o Centro levando para a Estação das Barcas quem precisa ir ao Rio, à tarde.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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