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Em meio a tiroteios, empresário ensina a comprar ‘armas legalizadas’, em Niterói

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Ao mesmo tempo em que 338 tiroteios foram registrados em outubro, pelo Instituto Fogo Cruzado, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (23 em Niterói, com quatro mortos e 12 feridos; e 42 em São Gonçalo, com 13 mortos e 23 feridos), moradores do Fonseca são surpreendidos por uma oferta para “adquirir sua arma legalizada”.

Duas moças vestindo roupas de camuflagem estendem uma faixa com o convite numa das esquinas da Alameda São Boaventura. Enquanto o sinal fica fechado para os motoristas, distribuem também panfletos exortando as pessoas a se tornarem “um atirador”.

No verso do folheto, o microempresário individual Bruno Alvarez Barros enumera “20 motivos para ter uma arma de fogo”. Diz que “é mais rápido se defender com uma arma na mão do que ligar para o 190 (o número de emergência da Polícia Militar)”.

Entre outras justificativas para alguém ter uma arma de fogo, o panfleto diz que “uma pessoa armada que reage a um assalto tem duas vezes mais chances de sobreviver”. E mais: “Melhor uma arma na mão do que um policial ao telefone”.

Os folhetos assinados pela Barros Shooting promovem o encorajamento para o uso de armas letais. A empresa não está habilitada a vender armamentos nem munições, segundo seu cadastro na Receita Federal. Oferece assessoria para aquisição de armas de fogo, segundo o panfleto que distribui.

Os folhetos trazem o símbolo das Forças Armadas e o distintivo da Polícia Federal. Sobre isto, um delegado federal lembra que a utilização dos símbolos nacionais (a Bandeira Nacional;  o Hino Nacional; as Armas Nacionais; e o Selo Nacional) são protegidos por lei e sua utilização aleatória é proibida.

A Secretaria estadual de Polícia Militar afirma em nota que “o Serviço 190 é uma ferramenta de segurança pública fundamental e insubstituível para a sociedade”. Acrescenta que “o comando do 12° Batalhão da PM atua em estreita parceria com o Serviço 190”.

A Secretaria da PM diz que os índices de criminalidade registrados em outubro, na área de atuação do 12° BPM (Niterói e Maricá), apresentaram queda em relação ao mesmo mês de 2020.

Diz a nota: “A eficiência do trabalho dos policiais militares que atuam nos municípios de Niterói e Maricá pode ser demonstrada nos indicadores criminais. Embora os números ainda dependam de consolidação pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), já é possível adiantar que os índices de outubro deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2020, registraram reduções expressivas, tanto de crimes contra a vida como crimes contra o patrimônio.”

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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