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Cirurgião aponta absurdos no Getulinho

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O renomado cirurgião geral Guilherme Eurico, com experiência de mais de sessenta anos em centros cirúrgicos, disse que é um absurdo o hospital infantil Getulinho, no Fonseca, Zona Norte de Niterói, limitar o tempo de uma cirurgia como o diretor-executivo Rodrigo Alves Torres Oliveira decidiu fazer desde o dia 7/11.

Segundo a ordem do diretor-executivo do Getulinho, “o último paciente entrará em sala cirúrgica às 15 horas; todos os pacientes da clínica cirúrgica deverão ter alta impreterivelmente até as 18h30m”. Ele justifica a medida “tendo em vista a alta taxa de ocupação em que se encontra o Hospital Getulinho, bem como a total impossibilidade de pernoite”.

Com a última entrada de paciente às 15h e o fechamento da sala cirúrgica às 17h, isto significa que o cirurgião terá somente 120 minutos para realizar o procedimento nesse horário.

— O diretor pode determinar o início e não o fim de uma cirurgia. Este caso grave é um assunto que precisa ser levado ao Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio) – diz Guilherme Eurico.

Ele conta que tanto ele, quando entrava para realizar uma operação, como também todos os outros colegas, “chegava na hora marcada, e nunca tinha preocupação com o horário do término, pois a maior atenção era dada ao doente”.

Com a experiência de haver preparado muitos residentes nos hospitais Orêncio de Freitas e  Antonio Pedro, o médico ressalta que “apesar de a técnica operatória ser quase sempre a mesma, cada ao cirurgião tem seu tempo diferente, dependendo da habilidade de cada um e da complexidade da cirurgia”.

— Eu não tinha tempo, eram duas, quatro ou até dez horas dentro de um centro cirúrgico. Não se pode tratar barriga de doente como corrida de automóvel, onde ganha quem faz o menor tempo. Outro absurdo é limitar o fechamento da sala cirúrgica e querer determinar o tempo que o doente vai ficar na sala de recuperação – critica Guilherme Eurico.

O Centro Cirúrgico do Getulinho conta com três salas cirúrgicas, sala de anestesia, posto de enfermagem, quatro leitos de sala de recuperação pós-anestésicas (RPA), seis leitos de pós-operatório, sala administrativa e sala de estar da equipe. Já o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) conta com dez leitos.

Segundo a prefeitura, foram investidos R$ 25 milhões para fazer funcionar a emergência infantil e permitir a realização de cirurgias pediátricas no hospital remodelado e ampliado, mas que agora tem tempo limite para funcionar até as 17h.

Gilson Monteiro

Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.

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