Vale tudo em troca de apoio à reeleição de Rodrigo Neves, que trocou o PT pelo PV e garante já ter costurado uma aliança de 20 partidos a seu projeto de poder. Com 40% do funcionalismo municipal formado por pessoal comissionado, segundo revelou pesquisa do IBGE apontando Niterói como o primeiro do estado do Rio em número de cargos de confiança, esses postos estão cada vez mais disputados nesse período pré-eleitoral.
— Se defunto votasse, o coveiro estaria eleito – dizia Odorico Paraguaçu, prefeito de Sucupira criado por Dias Gomes.
Se o prefeito de Niterói seguisse o exemplo do colega sucupirense, e como ele fizesse o “construimento” de um novo cemitério municipal, atenderia melhor as “necessidades defuntórias” da população, em vez de cuidar somente da distribuição de cargos de confiança na administração pública.
Os três cemitérios municipais de Niterói estão em péssimas condições, mal conservados e com pouco pessoal para atender à demanda. O Maruí, no Barreto, tem apenas oito funcionários para abrir covas e praticamente mais nenhum espaço para novos sepultamentos. Em Charitas são quatro coveiros, também divididos em plantões. E no de Itaipu, apenas um responde pelo expediente.
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