Para alegria dos apreciadores do chope, reabriu neste sábado (12/06) o Bar Chalé, em Icaraí. Novos e antigos frequentadores estão de volta ao tradicional reduto da boemia, brindando à vida, mas sem esquecer dos protocolos sanitários necessários para o enfrentamento da pandemia.
O Bar Chalé reabriu depois de uma reforma completa da casa. Ganhou um balcão moderno onde se destaca a chopeira da Brahma, e as estufas de vidro com os pastéis, empadas e tira-gostos variados. Dentre eles a moela de galinha, o frango a passarinho e o filé mignon aperitivo. E mais os sanduíches de carne assada ou pernil.
A reforma foi feita também nos banheiros. No salão e na varanda foram mantidas a distância das mesas, obrigatória para cumprir as normas sanitárias da Covid-19.
O bar sempre fechava tarde da noite e foi ponto de partida de acontecimentos e manifestações públicas em Niterói. Ali se concentravam foliões de blocos de carnaval, participantes de Parada Gay, marchas católicas e evangélicas. Também era ponto de encontro de torcidas organizadas. O Chalé sempre foi palco de comemorações de vitórias eleitorais e de campeonatos de futebol.
Com os cursos de jornalismo e de cinema funcionando junto da Reitoria da UFF, do outro lado da Rua Miguel de Frias, o bar virou point de professores e alunos para bebericar e conversar.
O Chalé abriga muitas tribos e guarda muitas histórias, como a de um assíduo frequentador, o folclórico Robertinho Sacanagem, que certa vez roubou um trolebus para passear com a namorada. O bar estava fazendo falta. Agora reaberto serve de válvula de escape para aqueles que já receberam as duas doses da vacina contra a Covid.
Minha mulher e eu já estivemos lá hoje revendo o garçom Aldo. O chope continua ótimo e a empada, idem.
Certa vez, estava eu bebericando um chopp gelado acompanhado de uma deliciosa empadinha de camarão, quando presenciei o folclórico Robertinho Sacanagem, citado na matéria, retirar a própria camisa do corpo e dar a um mendigo que passava pela calçada, e completou dizendo: “O sou o verdadeiro comunista, dou aquilo que tenho para os mais necessitados…”.