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Alfaiate faz novos ternos para executivos usarem na temporada pós-Covid

Escrito por Gilson Monteiro às 15:28 do dia 13 de agosto de 2020
Sobre: Depois do home office
  • Diógenes alfaiate
13ago

Diógenes alfaiateQuem pensa que todo mundo vai continuar em home office, trabalhando à vontade em casa, está enganado. Executivos já começaram a procurar o ateliê do famoso alfaiate Diógenes Cardoso, para fazer seus novos blazers, calças e ternos para a temporada pós-Covid 19.

Diógenes veio de Itaperuna para Niterói aos 15 anos. Morou no Ponto Cem Réis, onde há 45 anos aprendeu o ofício com o respeitado alfaiate Alair Lamme. Começou a conquistar clientela depois de abrir seu próprio atelier na Avenida Amaral Peixoto, no Centro. Com a fusão do antigo Estado do Rio com a Guanabara, ele atravessou a baía, transferindo para a Avenida Calogeras 6 sua oficina de costura.

– Depois da permanência de meus clientes em quarentena, estou tendo que refazer os moldes e o fichário de cada um. Muitos ficaram acima do peso e outros emagreceram – diz o alfaiate.

Diógenes faz os fardões da Academia Brasileira de Letras (ABL) há 15 anos. São feitos em cambraia inglesa com bordado em fios de ouro francês para vestir os maiores nomes das letras brasileiras em cerimônias importantes da ABL.

A confecção leva cerca de dois meses, porque o bordado é feito na peça por duas pessoas. É bastante trabalhoso reproduzir o formato de ramos de café que dão ar aristocrático à  vestimenta dos imortais.

Entre os clientes estão alguns dos homens mais importantes do país, que precisam se apresentar impecáveis. Diógenes é discreto, não revela os nomes que atende. Mas nas fotos na parede veem-se ex-presidentes da República e grandes empresários.

Seu ateliê na Avenida Calógeras fica próximo ao panteão da ABL. São personagens como Diógenes, que começou a vida em Niterói, que nos enchem de orgulho por se destacarem aqui e em outras terras.

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Gilson Monteiro
Iniciou em A Tribuna, dirigiu a sucursal dos Diários Associados no Estado do Rio, atuou no jornal e na rádio Fluminense; e durante 22 anos assinou uma coluna no Globo Niterói. Segue seu trabalho agora na Coluna Niterói de Verdade, contando com a colaboração de um grupo de profissionais de imprensa que amam e defendem a cidade em que vivem.
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