Detalhes mostram a falta de zelo na execução do projeto do tão esperado túnel Charitas-Cafubá. A placa da galeria que liga a Zona Sul de Niterói à Fazendinha, na Região Oceânica registra “Túnel Luiz Antonio P.” O sobrenome do homenageado está abreviado. Luiz Antonio Pimentel, escritor, jornalista, historiador e poeta que viveu em Niterói nos últimos cem anos, lá do céu deve estar fazendo mais um de seus hay kays: “Pê por quê, / Prefeito Rodrigo / Nenê?”
O túnel Charitas-Cafubá, aberto ao trânsito no sábado, tem duas galerias e três nomes. Primeiro, por decreto o ex-prefeito Godofredo Pinto, antes de a obra ser iniciada, foi batizado com o nome do deputado campista Togo de Barros, que em 1958, como presidente da Assembleia Legislativa fluminense, assumiu o governo estadual após a renúncia do então governador Miguel Couto, até passar o cargo em janeiro de 1959 a Roberto Silveira, eleito naquele ano.
Deixando de lado o primeiro decreto, Rodrigo N. baixou um outro, contrariando a Lei Orgânica de Niterói que proíbe o rebatismo de ruas e logradouros públicos, para dar ao túnel um nome para cada uma das duas galerias: João Sampaio, ex-prefeito de Niterói; e Luiz Antonio Pimentel.
É o fim da picada.
João Sampaio o prefeito fantasma de Niterói não fez porcaria nenhuma pela cidade e vai dar nome ao túnel. Bizarro!