A eleição para prefeito e vereador vai ser daqui a pouco, dia 2 de outubro, mas parece que não existe. Desde a chamada redemocratização do país, nunca vi eleição tão gélida, fria, glacial em Niterói.
Tenho conversado por aí e erram os que chamam de “apatia do eleitorado”. O que vejo e sinto é horror, nojo da política por parte daqueles que vão decidir quem vai governar Niterói e os vereadores que, em tese, irão fiscalizar a prefeitura.
Raramente vejo um carro com adesivos de candidatos nos vidros (antes era uma febre), dificilmente encontro um cabo eleitoral distribuindo “santinhos” nas ruas, os chamados bandeiraços (gente contratada por R$ 700,00 por semana) para balançar bandeiras em pontos de grande aglomeração são raros e há uma meia dúzia de carros de som rodando por aí.
Voltando ao que ouço, o bilionário assalto aos cofres públicos feito pelo PT e seus asseclas provocaram ódio profundo no eleitor, que fala muito em voto nulo. Mesmo porque, para indigná-lo mais ainda, muitos candidatos decidiram omitir o seu partido na campanha, chamando o eleitor de otário e, indiretamente, confirmando as culpas de suas siglas. Pior ainda é a troca de partido dos candidatos, tentando apagar o seu DNA.
Como não há uma pesquisa recente feita por instituições que confio (Ibope e Datafolha) – pelo menos até o fechamento desta coluna -, fico com as informações de pesquisas passadas onde votos brancos e nulos passam de 25%. Nenhuma novidade. Afinal, brancos, nulos e “não sabem” são as estrelas nas pesquisas em todo o país e aqui em Niterói não seria diferente.
No entanto, o que antes era uma tendência natural até as vésperas das eleições (brancos e nulos altos) quando esses percentuais baixavam, ao que parece não há qualquer reação até o momento. O negócio é aguardar os próximos movimentos.